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Voto útil esquenta reta final da campanha e causa polêmica no PDT

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“Não se trata de voto útil. É uma necessidade histórica, algo que, mais uma vez, lamentamos ver Ciro Gomes, uma figura ímpar para pensar o desenho institucional do país, ser incapaz de enxergar essa quadra da história. Diante disso, convocamos militantes trabalhistas e dissidentes a apoiarem o ex-presidente Lula no primeiro turno.”





O fato é que uma ala do PDT, partido do ex-governador Ciro Gomes, candidato à Presidência, abriu uma crise interna na legenda.

As aspas são do manifesto assinado por um grupo de políticos históricos e recentes, intitulado “Trabalhistas pela democracia: o voto necessário”, no qual defendem apoio a Lula já no primeiro turno. O documento adota tom crítico à postura de Ciro, que tem feito reiterados ataques ao petista.

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, entretanto, reprovou a atitude do grupo. “Voto útil só serve aos inúteis.”

“Estou me esforçando para ganhar no primeiro turno. Eu não sou favorável à teoria de inibir outros de serem candidatos. Eu fui vítima do voto útil muitas vezes em outras eleições”, afirmou Lula em coletiva de imprensa em Montes Claros, na última quinta-feira.

Lula fez campanha eleitoral em Curitiba, ontem. Para lembrar, Curitiba é a cidade onde Lula ficou 580 dias na prisão depois da condenação em processo da Operação Lava-Jato. Na abertura de seu discurso, ele disse que não guarda ódio da cidade.





“Tem gente que pensa que fiquei com ódio de Curitiba, porque fiquei preso aqui. A cadeia me fez aprender a amar Curitiba. Eu tenho gratidão por Curitiba, tenho respeito por Curitiba”, afirmou.

Já o presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, fez campanha ontem em Caruaru e em Garanhuns, no agreste de Pernambuco. A região é a terra natal de Lula, líder nas pesquisas de intenção de voto. Em discurso, o chefe do Executivo atacou o PT, dizendo que o partido só pensa nos pobres em época de eleições.

Bolsonaro, que está atrás de Lula no Nordeste, segundo as pesquisas, também fez passeio de moto em Caruaru e levou na garupa o ex-ministro do Turismo Gilson Machado, que disputa o Senado por Pernambuco. À noite, Bolsonaro viajou para Londres, para o funeral da rainha Elizabeth II, que reinou por sete décadas.