“Eu acordo todos os dias e tenho uma rotina: eu me ajoelho, rezo um pai-nosso e peço ao nosso Deus para que nosso povo não sinta um dia as dores do comunismo. No dia 2, teremos uma grande decisão pela frente. O que vocês querem para o futuro dos seus filhos? Querem alguém na Presidência que desrespeite a família brasileira?”
Calma que tem mais. “Vocês querem alguém na Presidência que diz que vai liberar as drogas para os nossos filhos? Vocês querem à frente da Presidência um ladrão da República?” O fato é que, em ato de campanha, o presidente Jair Messias Bolsonaro se focou no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o chamou repetidas vezes de ladrão.
Temas como aborto, drogas, ideologia de gênero e religião foram recorrentes durante os cerca de 20 minutos de discurso do presidente na Praça do Santuário, no Centro de Divinópolis. Críticas a Lula foram a tônica do discurso de outros nomes que falaram no palanque de Bolsonaro, como o candidato ao Senado Federal Cleitinho Azevedo (PSC-MG) e Nikolas Ferreira (PL-MG), que é candidato a deputado federal.
Melhor ir ao que interessa de uma vez. Os dados da mais recente pesquisa Datafolha mostram que um em cada cinco eleitores de Ciro Gomes (PDT) e Simonte Tebet (MDB) admite mudar seu voto para apoiar quem estiver à frente nas pesquisas para a eleição presidencial em 2 de outubro. É o já conhecido e tratado como “voto útil”.
Pelo menos, desde 2002, as eleições gerais não registram uma participação feminina tão expressiva, seja em números absolutos, com 9.239 candidatas, ou em proporção do total, com 33,81% das candidaturas aptas sendo de mulheres.
Os dados, que são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), levam em consideração somente as candidaturas aptas, ou seja, aquelas que atenderam a todos os critérios legais e formais e que foram deferidas pela Justiça Eleitoral.
Entre elas, estão as que se declararam indígenas, que são 77 neste ano, acima dos 48 de 2018 e de apenas 25 em 2014. Aos poucos serão mais presentes e provavelmente vão trabalhar para os primeiros povos a serem descobertos no país.
No total, as eleições deste ano têm 27.329 candidaturas aptas, que disputam cargos para presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual.
Havendo um eventual segundo turno para os cargos de presidente e governador, o pleito será realizado em 30 de outubro.
Nada de aborto
O candidato à reeleição pelo PL Jair Bolsonaro disse ontem que, se reeleito, vai escolher ministros para o Supremo Tribunal Federal (STF) que sejam contrários à legalização do aborto. “Não vamos discutir aborto no Brasil. E não se esqueçam de que quem se eleger presidente indica dois ministros para ocupar o Supremo Tribunal Federal ano quem vem. Em sendo reeleito, esses dois que vão pra lá jamais serão favoráveis ao aborto também”, disse, em comício em Divinópolis. Antes do comício, Bolsonaro fez um passeio de motocicleta pelas ruas da cidade.
Mais tarde…
…teve um susto. O avião que transportava o presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) arremeteu no aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, na tarde de ontem. A aeronave decolou de Divinópolis, onde o candidato à reeleição cumpriu agenda de campanha. A arremetida foi necessária porque, antes do pouso da aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), um avião que estava decolando do aeroporto da Pampulha atropelou um pássaro, e a pista ficou impraticável. Ele teve ainda evento de campanha em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O jogo limpo
Já está no ar a Campanha Paz nas Eleições, que pede que a violência fique de fora da disputa eleitoral. A campanha compara o futebol com as eleições, duas festas populares e que devem ser pacíficas. Os vídeos e spots começaram a ser exibidos nas emissoras de rádio e de televisão de todo país e serão veiculados até o primeiro turno: 2 de outubro. A mensagem afirma que futebol e eleições envolvem rivalidades em que a violência não pode entrar. “O jogo tem que ser limpo!” O futebol na política,“adversário não é inimigo”. “O clima amistoso é vitória da democracia”.
Lembram-se da CUT?
“A pergunta é: o que Bolsonaro fez de bom para o nosso povo para continuar sendo presidente da República? Mudou o horário de verão. Liberou arma para todo mundo. Isso enche barriga? Gera emprego? Não. Ele fez o contrário: reduziu os direitos e empobreceu a nossa gente. Quebrou a base industrial, sobretudo médias e pequenas empresas. Um vexame nacional e internacional.” Meio atrasada, a declaração partiu do ex-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) deputado federal Vicentinho (PT-SP).
Speak english?
Diplomatas dos Estados Unidos da América (EUA) asseguraram ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à Presidência da República, que reconhecerão rapidamente o vencedor da eleição brasileira. De acordo com relato de duas fontes confiáveis à agência Reuters, o objetivo é evitar quaisquer tentativas de contestação da vontade popular manifestada nas urnas que possam levar a um caos social. Para que fique mais claro, o fato é que o petista Lula se reuniu com o chefe da embaixada norte-americana no Brasil, Douglas Koneff.
Pinga-fogo
Em tempo, sobre a nota ‘Speak english’: no encontro, de acordo com a agência de notícias Reuters, Lula foi informado de que Washington planeja incentivar países amigos a reconhecerem imediatamente também o resultado das eleições brasileiras.
E tem mais: o Departamento de Estado norte-americano já se pronunciou em diferentes ocasiões em defesa do sistema eleitoral brasileiro, alvo constante de ataques infundados do presidente da República Federativa do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, do Partido Liberal (PL).
Pode até parecer inofensivo, mas o uso indevido de ponteiras de raio laser contra a cabine de aeronaves expõe a segurança da operação aérea. A prática traz sérios riscos à aviação, principalmente em fases mais críticas, como a aproximação final para o pouso.
O aeroporto da Pampulha fica em região de concentração urbana alta e, por isso, é um mais dos mais afetados por esse tipo de interferência. Ele é dedicado à aviação executiva e as aeronaves são controladas por um só piloto. “Isso traz situação de risco, já que não há o apoio do copiloto em emergências.”
Sendo assim, melhor voar por hoje e decretar o já manjado… FIM!