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OPINIÃO

As eleições esquentam e o TSE tenta apaziguar

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“Qual o problema de a gente não votar? Se a gente não votar, perde autoridade moral de cobrar. Então, vejam, é importante comparecer. A gente não pode ter 20% de abstenção, 10% de voto nulo. É importante a gente convencer nesses próximos dias cada pessoa a ir votar.” Começou assim o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é candidato mais uma vez para comandar o país, seu discurso em São Paulo, neste sábado (24/9).



Ainda em sua fala, Lula voltou a dizer que vai retomar o programa habitacional Minha casa, minha vida. “A economia brasileira já faz anos que não cresce. Se a economia não cresce, não gera emprego. Se não gera emprego, não gera salário. Se não gera salário, não gera consumo. Se não gera consumo, não movimenta o comércio. Se não movimenta o comércio, não gera emprego. Aí, a gente fica desempregado.”
 
Aliados do presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) estão possessos, indignados mesmo, com o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), que tentou censurar reportagem sobre os 51 imóveis comprados pelo clã com dinheiro vivo.
A iniciativa do senador Flávio Bolsonaro de pedir a censura de uma reportagem do Site UOL que revela o uso de dinheiro vivo para a compra de imóveis pelo clã bolsonarista está sendo vista como um tiro no pé por assessores do presidente. 




 
O fato é que eles andam muito temerosos com o reflexo da medida sobre a campanha do presidente pela reeleição, que já não está nada fácil, como indicam as pesquisas mais recentes. É mais um problema entre muitos outros.
 
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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, foi educado e fez questão de convidar todos os candidatos a presidente e também vice-presidentes da República, bem como os representantes das entidades fiscalizadoras, a comparecerem à sala da seção de totalização na próxima quarta feira, às 10h, para conhecer o local.
 
O local é um espaço de trabalho convencional, com computadores que são distribuídos em baias e com acesso livre para os representantes das entidades fiscalizadoras, como o Ministério Público (MP), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Polícia Federal (PF), e, como não deixaria de ser, os partidos políticos; e até as Forças Armadas e observadores internacionais.





Casa própria

A senadora Simone Tebet (MDB), candidata à Presidência da República, prometeu um milhão de casas em quatro anos. Foi durante evento na Associação dos Trabalhadores Sem-Terra de São Paulo (SP). E foi ousada com a promessa de que “a casa popular é a porta de entrada de todos os outros direitos do cidadão. Quem tem casa própria consegue colocar comida na mesa, pagar as suas contas. Então, é prioridade para qualquer família”, afirmou. “Nós temos a proposta de fazer casas populares de várias formas. Em mutirão, com associações, as prefeituras, doando áreas, contratando no aluguel social.” 

Chama que vem

Outro candidato à Presidência, Ciro Gomes (PDT) afirmou que não é possível dar autonomia a todos os órgãos da administração federal, mas que é necessário garantir a total liberdade de atuação à Polícia Federal (PF). A declaração foi feita a jornalistas durante encontro com representantes da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal, pela manhã, na capital paulista. E eles não perderam a caminhada: a categoria pediu ao candidato ajuda para blindar a instituição de interferências políticas, caso seja eleito. Claro que Ciro topou.

Entregadores

No comício na capital paulista, Lula defendeu ontem a regulamentação que garanta os direitos trabalhistas a motoristas e entregadores de aplicativo. “A gente terá que legalizar a profissão desses companheiros que trabalham de bicicleta, de moto ou que trabalham no Uber, sendo tratados como se fossem escravos pelo dono do aplicativo. Se a mulher fica doente, não tem direito a tratamento médico. Se ele cai de moto, não tem direito a seguridade social. Isso vamos mudar, se preparem.”

E tem a guerra

Centenas de pessoas foram presas pelas autoridades na Rússia durante os protestos contra uma nova mobilização parcial de reservistas para a guerra na Ucrânia. É o que informou grupo independente de direitos humanos. Manifestações tomaram o país desde que o presidente Vladimir Putin anunciou planos de convocação de 300 mil homens da reserva. Manifestações são proibidas pela lei russa, mas isso não impediu os protestos, que tomaram larga escala em áreas urbanas. “Não somos bucha de canhão”, reclamou um dos ativistas. 





Elton John e a paz

O cantor britânico Elton John foi presenteado com Medalha Nacional de Humanidades por Joe Biden (foto: Brendan Smialowski/AFP)
Sua música “mudou nossas vidas” disse o presidente norte-americano Joe Biden, na sexta-feira, em homenagem ao astro britânico Elton John, convidado por ele para dar um show na Casa Branca. “Não sei o que dizer, que espelunca!”, brincou Sir Elton John, sentado ao piano, de terno escuro e óculos de cor laranja. “Tocar aqui é a cereja do bolo”, disse, antes de cantar “Your song”, que é uma balada onipresente em seu repertório. Entre os presentes estavam a ganhadora do Prêmio Nobel da Paz Malala Yousafzai e a ex-campeã de tênis e ativista Billie Jean King.

Pingafogo

A senadora Simone Tebet (MDB), candidata à Presidência, acusou o atual presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) de mentir em rede nacional, durante o debate do SBT, nesse sábado. Ela disse que o chefe do Executivo “é um péssimo exemplo” depois de ele dizer que defende as mulheres.

Provocou, levou. “Eu defendo as mulheres, não da boca para fora. Defendo de fato. A senhora não defendeu duas médicas que foram na CPI da COVID; foram maltratadas, pisoteadas por suas colegas e a senhora não fez nada”, afirmou Bolsonaro.





Simone Tebet não se deu por vencida e rebateu com força: “Eu recebi violência política dos seus ministros e não vi o senhor em nenhum momento fazer defesa das senadoras agredidas na CPI. Mas você é um péssimo exemplo, porque mente em cadeia nacional”.

Padre Kelmon, candidato do PTB à Presidência da República (foto: Reprodução da TV)
E claro que os aliados do presidente Jair Bolsonaro o defenderam. Ele usou a velha tática de atacar. “Padres são presos, freiras são expulsas do país. Rádio e televisão são fechadas. Ortega, o ditador, é amigo de Lula.” Foi tercerizado; já quem fez a pergunta foi Padre Kelmon. E citou a Nicarágua.

Sendo assim, um bom domingo com a família, sem falar de política. FIM!