Jornal Estado de Minas

EM DIA COM A POLÍTICA

Ecos da eleição e, claro, teve ataques às pesquisas de intenção de voto

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“Sabemos do tamanho da nossa responsabilidade e dos desafios que vamos enfrentar. Mas sabemos aonde queremos chegar e como chegaremos lá. Pela graça de Deus, nunca perdi uma eleição e sei que não será agora, quando a liberdade do Brasil inteiro depende de nós, que vamos perder.”





“Nossos adversários só se prepararam para uma corrida de 100 metros. Nós estamos prontos para uma maratona. Vamos lutar com confiança e com força cada vez maior, certos de que vamos prevalecer pela pátria, pela família, pela vida, pela liberdade e pela vontade de Deus!”

São os tweets do dia do presidente da República Federativa do Brasil, Jair Messias Bolsonaro (PL). Só que tem mais: “Elegemos governadores no 1º turno em oito estados e elegeremos nossos aliados em outros oito estados neste 2° turno”.

Bastaria, mas o presidente Jair Bolsonaro ainda acrescentou: “Esta é a maior vitória dos patriotas na história do Brasil: 60% do território brasileiro será governado por quem defende nossos valores e luta por um país mais livre”, publicou Bolsonaro.

E, como não poderia deixar de ser, voltou a atacar os institutos de pesquisas. “Muita gente se deixou levar pelas mentiras propagadas pelos institutos de pesquisas, que saíram do 1º turno desmoralizados.”

“Erraram todas as previsões e já são os maiores derrotados desta eleição. Vencemos essa mentira e agora vamos vencer a eleição!” É ainda do Bolsonaro.





O jeito então é cuidar do adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A senadora Simone Tebet (MDB-MS) deve anunciar nos próximos dias apoio ao candidato petista no segundo turno das eleições presidenciais contra Jair Messias Bolsonaro (PL). Simone Tebet ficou em terceiro lugar na eleição em primeiro turno. Logo depois do resultado da apuração dos votos, a senadora Simone Tebet deixou bem claro que não vai ficar neutra nesta fase da eleição. Muito antes pelo contrário, porque tem mais.

“Eu sou uma política que respeita o processo partidário, o processo eleitoral, mas, no máximo em 48 horas, vocês decidam porque eu vou me pronunciar”, disse Tebet em seu primeiro pronunciamento depois do resultado do primeiro turno.

O presidente do Cidadania, Roberto Freire, declarou que há preferência pelo petista, mas disse que não adianta reunir os partidos logo se “cada um vai para um lado”. Ele se referia sobre os partidos MDB, PSDB e Cidadania. Já o ex-presidente do Senado e deputado federal eleito Eunício Oliveira (MDB-CE) disse que apoia Lula desde o primeiro turno. E vai trabalhar no segundo também.





Foi unânime

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou, por unanimidade, a decisão que isenta de Imposto de Renda (IR) os valores recebidos a título de pensão alimentícia, dando fim a uma disputa entre a União e os pensionistas que durava cerca de sete anos. A isenção de IR das pensões alimentícias decorrentes do direito da família já havia sido decidida em junho pelo plenário, por 8 votos a 3. Desta vez, porém, todos os 11 ministros rejeitaram um recurso em que a União dizia haver obscuridades e buscava amenizar a decisão do Supremo.

Vale um bilhão

Com a rejeição total deste último embargo, o governo deve agora vai deixar de arrecadar R$ 1,05 bilhão por ano, de acordo com estimativas da Receita Federal anexadas ao processo pela Advocacia-Geral da União (AGU). O impacto fiscal, contudo, pode ir além, pois os pensionistas que tiveram o dinheiro recolhido pelo governo podem agora pedir o dinheiro de volta na Justiça, até o prazo legal máximo de cinco anos. De acordo com as estimativas oficiais, o impacto nos cofres públicos com os chamados indébitos pode chegar a R$ 6,5 bilhões pelos próximos cinco anos.

Esperou as urnas

“Com relação ao governo de Minas, nós tivemos um resultado que já, de certa maneira, era sinalizado pelas pesquisas, apesar de termos visto uma situação muito diferente na questão para presidente e também em vários estados do Brasil. Mas eleição é sempre bom aguardar que as urnas sejam apuradas, porque surpresas estão sujeitas a ocorrer de última hora. Então, nunca nos consideramos o candidato favorito, mas sempre um candidato que estava competindo e apresentando as suas propostas.” A declaração é do governador Romeu Zema (Novo).





Haja insistência

Ele não desiste, ao contrário faz questão de insistir: o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), voltou a defender, ontem, as emendas de relator, aquelas que ficaram conhecidas como orçamento secreto por causa de falta de transparência e igualdade na distribuição entre os parlamentares. “É orçamento feito pelos parlamentares ou voltar para a época do mensalão. São as duas maneiras de se cooptar apoio no Congresso Nacional. Eu prefiro o orçamento municipalista”, afirmou ainda Arthur Lira.

Para finalizar...

... A missão de observação das eleições da Organização dos Estados Americanos (OEA). O documento ressalta que o resultado do primeiro turno foi reconhecido “por todos os atores políticos”. A missão adiantou que vai atuar também no segundo turno e convidou “os atores políticos a abandonarem a polarização e os ataques pessoais e aproveitar essa oportunidade prevista na Constituição brasileira para convencer o eleitorado com base em propostas e programas”. E disse que o sistema de transmissão das informações foi realizado de maneira segura.

Pinga-fogo

Em tempo, sobre as notas do governador Romeu Zema, do partido Novo: ele começou a entrevista agradecendo os votos dos eleitores que acreditaram nas propostas dele, e afirmou que o segundo mandato será melhor que o primeiro.





E teve mais de Arthur Lira (PP-AL): “As emendas de relator são lícitas, constitucionais e democráticas. São, além de tudo, uma posição do Parlamento contras as práticas que levaram aos crimes do mensalão, captação de apoio político por compra de votos no Congresso”.

O presidente da Câmara Federal fez questão de deixar claro que “isso é que não pode voltar”. Além disso, os nomes dos parlamentares que fazem as indicações não são divulgados. Ao contrário das emendas individuais, que seguem critérios bem específicos e são divididas de forma equilibrada.

Os crimes de boca de urna, compra de votos e de violação do sigilo do voto motivaram as prisões em flagrante realizadas durante o primeiro turno das eleições. Tudo isso de acordo com o balanço divulgado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

Antes de encerrar, vamos aos números. Foram 1.378 crimes eleitorais registrados durante a votação e 352 pessoas foram presas. Sendo assim, é suficiente por hoje. FIM!