O governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), encontrou ontem o presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), em Brasília, para anunciar o seu apoio oficial ao governante na disputa pela reeleição contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno.
De acordo com o mineiro, ele e o atual chefe do Executivo federal superaram divergências para a construção da aliança que acabou sendo selada. Zema, que é do partido Novo, para não fazer um trocadilho, também disse considerar que governos anteriores do PT foram “desastrosos” e “arruinaram” o estado de Minas Gerais. Na visão dele, ajudam a justificar o apoio a Bolsonaro.
Pelas redes sociais, o ex-juiz da Operação Lava-Jato, em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), ex-ministro Sergio Moro (União Brasil), se posicionou. Para lembrar, ele deixou o governo em 2020 rompido com o presidente, mas também declarou apoio a Bolsonaro.
O presidente Jair Messias Bolsonaro ainda teve outros apoios. Um exemplo é o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), outro liberal.
Mas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também reforçou suas alianças. O PDT de Ciro Gomes, que andava esquecendo o seu braço da esquerda política, voltou ao que era. Ele anunciou o seu apoio ao ex-presidente Lula no começo da tarde de ontem.
Mas como tudo na política tem sempre um porém, o pedetista também disse que não faria parte de um novo governo petista. “Adianto que não pleiteio e nem aceitarei qualquer cargo em um eventual futuro governo.”
Melhor esperar. Caso o PT vença, há sempre uma novidade depois das urnas e, em especial, na montagem de aliados se Lula convencê-lo a integrar o Palácio do Planalto. Repetindo, se o petista for o vencedor.
Calma que ainda tem mais. O Cidadania, que forma uma federação partidária com o PSDB, também anunciou apoio a Lula nessa terça. Já o PSDB passou o dia em conversas, consultando os diretórios, para decidir sobre a liberação de seus membros no segundo turno. Ou seja, os tucanos já avisavam que não deixariam de descer do muro. É sempre assim.
Para finalizar, já que começou com ele, vai o registro: “Eu estou aqui para declarar o meu apoio à candidatura do presidente Bolsonaro, porque eu, mais do que ninguém, herdei uma tragédia. Perguntem aos atuais prefeitos”. Todos eles? Vai dar muito trabalho. Melhor parar por aqui.
120 mil votos
Encerrado o processo eleitoral para cargos proporcionais, o deputado Antonio Carlos Arantes (PL), reeleito com quase 120 mil votos, colocou, ontem, o seu nome à disposição do partido para se candidatar à presidência da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na próxima legislatura. Ele já recebeu o aval do presidente do PL, José Santana de Vasconcelos. Nos próximos dias, Antonio Carlos Arantes (foto) vai conversar com os demais deputados eleitos e reeleitos para falar de sua proposta. “A gente não se escolhe. Tem que ser escolhido.”
Apoio de Zema
“Esse apoio do governador é muito bem-vindo. É o estado, é o segundo estado com maior colégio eleitoral do Brasil, e é decisivo. Só quem ganha lá, diz a tradição, pode realmente chegar à Presidência da República. Há esse interesse meu, obviamente por parte do governador, agora ele tem duas opções, entre as duas uma ele descarta de imediato, e a outra é continuidade do que fizemos até o momento, e falar bem para o estado de Minas e para o Brasil.” A declaração é do presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), ao anunciar o apoio do governador Romeu Zema (Novo).
Cidadania é PT
“O partido decidiu pelo apoio ao candidato do PT no segundo turno. Uma decisão que foi quase por unanimidade. Tivemos três votos defendendo neutralidade. E unanimidade contra Bolsonaro”, declarou Roberto Freire, presidente da legenda. O fato que interessa é que o partido Cidadania anunciou ontem o apoio da agremiação ao candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, no segundo turno da disputa pela Presidência da República Federativa do Brasil.
Não economizou
“Vou declarar apoio a Lula. Pensei em anular para indicar pouca confiança nos dois finalistas, pensando nas oportunidades desperdiçadas pelo PT no poder. Não vejo uma margem suficiente e, como já disse, os riscos aumentaram.” Quem diz é o economista Armínio Fraga, que presidiu o Banco Central (BC) quando estava no governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC). Ele, desta vez, não tucanou. Armínio abriu a voz e declarou que seu voto será para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno.
Fala, Greenpeace!
Desde que assumiu a Presidência, em 2018, o governo de Bolsonaro foi catalisador de tristes retrocessos sociais, econômicos e ambientais que culminaram em perdas inestimáveis para o Brasil. Perdemos vidas, perdemos florestas, perdemos direitos, perdemos tempo. Por isso, o resultado do próximo dia 30 afetará de maneira determinante o nosso futuro. Na área ambiental, o plano indica as políticas atuais, que levaram o Brasil a colecionar recordes de desmatamento, emissões, queimadas e aumento da violência contra povos indígenas e defensores ambientais.
PINGA FOGO
- Detalhe do texto que abre a coluna: o apoio foi anunciado em entrevista coletiva, depois de uma reunião do governador Romeu Zema (Novo) e o presidente da República Federativa do Brasil Jair Messias Bolsonaro (PL), ontem de manhã, em Brasília.
- Em tempo, sobre a nota ‘120 mil votos’: até o momento, o cargo de presidente da ALMG é do deputado Agostinho Patrus (foto) (PSD). Ele vai assumir uma cadeira no Tribunal de Contas de Minas Gerais.
- Calma que tem mais. O deputado Antonio Carlos Arantes, do Partido Liberal (PL), continua sendo o 1º vice-presidente da Assembleia Legislativa mineira, assumindo várias vezes o comando da Casa nas sessões plenárias.
- E tem o Greenpeace para finalizar: “Isso não significa, porém, que não haverá desafios caso Lula seja eleito. Embora em seus mandatos anteriores o Brasil tenha vivenciado um declínio significativo do desmatamento na Amazônia”. Sendo assim… FIM!