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Bolsonaro discursa para público de apoiadores em praia do Recife

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Baptista Chagas de Almeida


Candidato à reeleição, o presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) discursou para um público esvaziado na manhã de ontem no Recife. Dia 13? Será por isso que não teve sorte? O ato eleitoral aconteceu na Avenida Boa Viagem, na Zona Sul da capital de Pernambuco. A via é tradicionalmente palco de manifestações bolsonaristas na cidade.



Basta um trecho, diante do cenário adverso. E claro que atacou seu adversário Lula. “Teve a sua chance de mostrar para o Brasil e para o mundo como seria a administração do país sem corrupção, optou pelo caminho errado. Não vai ganhar em 30 de outubro”, bradou de cima de um carro de som.

Os apoiadores, com roupas nas cores verde e amarela e bandeiras do Brasil, limitaram–se a ocupar o espaço em frente ao trio elétrico no qual o atual chefe do Executivo discursou. Foram realizadas diversas interdições no trânsito da região.

Dois espaços foram reservados para a imprensa na areia da praia de Boa Viagem, mas os jornalistas puderam se locomover com facilidade pelo local, já que não havia um grande público. No primeiro turno, Lula recebeu 65,27% dos votos válidos em Pernambuco, e o presidente, 29,91%. Lula venceu em todos os outros estados do Nordeste.



Já o candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seguiu a agenda oficial de compromissos no Nordeste na tarde de ontem. O ex–presidente fez uma caminhada com apoiadores na Praça dos Martírios, em frente ao Palácio do Governo de Alagoas, bem no centro de Maceió.

E claro discursou. “Nós queremos vencer essa disputa para recuperar o prestígio do Brasil e para recuperar a economia brasileira. O povo, os brasileiros precisam de trabalhar, precisa comer, precisa de estudar, precisa ter acesso ao lazer e isso aqui tudo pode melhorar numa combinação perfeita entre o governo do estado e a Presidência da República”, disse ainda o ex–presidente Lula.

E tem até índio na parada, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) divulgou, ontem, uma carta onde pede aos brasileiros e aos povos originários que votem no candidato Lula à Presidência da República do Brasil. Mas não ficou só nisso.



Não há dúvidas que essa base parlamentar vai priorizar no Senado Federal, inclusive ainda este ano, a aprovação do “pacote da destruição”, que envolve a desregulamentação do licenciamento ambiental, a legalização de agrotóxicos já proibidos na Europa e a aprovação de novas normas para a regularização fundiária, que visam legalizar a grilagem em terras públicas da União.




Está proibido
O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, por unanimidade, ontem, manter a proibição à exibição de uma propaganda da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que associa Jair Messias Bolsonaro (PL) ao canibalismo. Uma no cravo... O plenário do TSE decidiu, ontem, por 4 votos a 3, determinar a remoção de um vídeo divulgado pela produtora Brasil Paralelo contendo reportagens que associavam o candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, a casos de corrupção. Outra na ferradura.


(foto: Fabrice Coffrini/AFP %u2013 28/2/22)


Denúncia no Marajó

“Isso tudo é falado nas ruas do Marajó, nas ruas da fronteira, no começo do meu vídeo eu falo Marajó porque é onde a gente começou um programa, mas o tráfico de crianças no Brasil acontece na fronteira. Em áreas de fronteiras a gente ouve coisas absurdas como o tráfico de mulheres e de crianças. Essa coisa de quando as crianças saem dopadas e seus dentinhos são arrancados onde chegam”. O fato é que a ex–ministra Damares Alves (foto), eleita senadora por Brasília, disse ter ouvido nas ruas os relatos envolvendo estupro e tráfico de crianças lá no Marajó.






Entrevista exclusiva

O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição postou em sua conta oficial do twitter um trecho da entrevista exclusiva concedida ao jornalista Ricardo Carlini, da TV Alterosa. No vídeo ele fala dos preços baixos da gasolina e do etanol e lembra aumentos provocados pela pandemia e pela guerra na Ucrânia. Diz que zerou impostos sobre a cesta básica e ataca o PT. “Todos os senadores do PT votaram contra o projeto de diminuição dos combustíveis”, disse o presidente Bolsonaro.


A farda da PM

Flávia Oliveira, jornalista e comentarista da GloboNews, criticou em suas redes sociais a associação da sigla CPX com grupos de tráfico do Rio de Janeiro. A polêmica gira em torno do boné que foi usado pelo candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em ato no Complexo do Alemão. O melhor estava por vir: a sigla CPX, que estava escrita no boné do ex–presidente Lula, em vermelho, significa “complexo”. É abreviação da palavra. A expressão é comumente utilizada pelos moradores das favelas do Rio de Janeiro e, inclusive, é usada até pela Polícia Militar do estado.

Eleição segura
O procurador–geral da República, Augusto Aras, se reuniu, ontem, em Brasília, com os ministros da Defesa, Paulo Nogueira, e da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, para avaliar medidas de segurança para o segundo turno das eleições no dia 30. O balanço do Ministério da Justiça e da Segurança Pública mostra que foram registrados 1.378 crimes eleitorais no primeiro turno. Foram 352 prisões, além da apreensão de R$ 137 mil.  Em nota oficial, a PGR informou que o objetivo é repetir o clima de tranquilidade do primeiro turno.







Pinga


(foto: Evaristo Sá/AFP %u2013 11/7/22)
A Procuradoria–Geral da República (PGR) não detalhou que tipos de medidas de segurança foram discutidas por Augusto Aras (foto). Mas deu números do Primeiro Turno. O crime eleitoral mais comum flagrado pelos agentes de segurança foi a boca de urna: 456 ocorrências registradas em 26 estados e no DF.

A compra de votos ou corrupção eleitoral ficou em segundo lugar, com 95 ocorrências. Também foram registrados 80 casos de tentativa ou violação do sigilo do voto, que é quando o eleitor tira foto da urna, e 57 casos de transporte irregular de eleitores.

A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, ontem, manter a decisão individual da ministra Laurita Vaz que afastou o governador de Alagoas, Paulo Dantas (foto) (MDB), do cargo até 31 de dezembro. Dantas foi um dos alvos da Operação Edema,

Ela foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) para apurar desvios de recursos públicos no estado, que teriam iniciado quando o governador era deputado estadual. As buscas e apreensões, atingiram o bloqueio de cerca de R$ 54 milhões em bens e valores, além do afastamento.

Sendo assim é hora do já manjado... FIM!