Baptista Chagas de Almeida
O presidente Jair Messias Bolsonaro, candidato à reeleição pelo Partido Liberal (PL), cumpriu ontem agenda de campanha em Fortaleza (CE). Ele esteve também em Teresina, no Piauí. Na capital do Ceará, o presidente realizou comício em um polo de lazer, ao lado de políticos locais. O presidente também cumpriu compromissos eleitorais na noite de ontem em São Luís (MA), onde participou de evento evangélico.
Jair Messias Bolsonaro voltou a fazer críticas ao Partido dos Trabalhadores (PT), que tem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato a presidente, durante entrevista coletiva no aeroporto de Fortaleza. “É muita desinformação praticada pelo PT. Muita mentira.”
E teve ainda mais: “Não gosta de nordestino, não gosta de negro, vai acabar o Bolsa-Família, vai aumentar a gasolina. É o tempo todo assim. Muita gente acredita nisso, a gente vai desmentindo isso daí. Pode ter certeza que muita gente foi prejudicada com isso”, disse Bolsonaro, atribuindo os comentários contra ele à campanha de Lula.
Já o ex-presidente Lula cumpriu agenda de campanha em São Paulo. Ele se dedicou a gravar vídeos para o programa eleitoral. Ainda de acordo com a assessoria dele, participaram das reuniões a comandante do PT, Gleisi Hoffmann, o marqueteiro Sidônio Palmeira e outros coordenadores. A campanha adiou, pela segunda vez, carta aos eleitores evangélicos. O motivo seria porque o petista quer se preparar para o debate de hoje.
Só que tem mais do presidente Bolsonaro: ele creditou os seus resultados ruins no Nordeste a mentiras ou fake news e até às pesquisas eleitorais. Ele disse, que, por causa da influência das sondagens sobre a população, os levantamentos arranjaram dois milhões ou três milhões a mais de votos para o petista no primeiro turno.
Mas Bolsonaro não apresentou provas de como chegou a esse cálculo. Detalhamentos da pesquisa Datafolha mostraram ontem que a religião dos candidatos neste segundo turno é um fator importante para 59% dos eleitores na hora de decidir o seu voto. Sendo assim, é hora de rezar para que tudo corra bem neste cenário político e que não traga controvérsias e muito menos violência nesta reta final da eleição.
Mas Bolsonaro não apresentou provas de como chegou a esse cálculo. Detalhamentos da pesquisa Datafolha mostraram ontem que a religião dos candidatos neste segundo turno é um fator importante para 59% dos eleitores na hora de decidir o seu voto. Sendo assim, é hora de rezar para que tudo corra bem neste cenário político e que não traga controvérsias e muito menos violência nesta reta final da eleição.
Sugere autocrítica
Ex-candidato ao governo de Minas, o ex-deputado federal Marcus Pestana (PSDB) declarou ontem que vota em Lula (PT) no segundo turno das eleições presidenciais. Entre as razões da sua escolha, Pestana citou a trajetória política e a defesa da liberdade e, principalmente, da democracia. “Espero que Lula e o PT consigam fazer a leitura correta do quadro político e social de 2022, realizar uma saudável autocrítica sobre os erros do passado e superar o seu tradicional exclusivismo político.”
Ataque a pesquisa
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou em suas redes sociais, na sexta-feira, que os institutos de pesquisa erram intencionalmente para “enganar” a população. “Mais um crime ocorreu hoje! E foi praticado pelo DataFolha! Eles mentem, pois querem o ex-presidiário no poder!”, afirmou. Na postagem também aparece vídeo que afirma que os institutos mentem com a intenção de tirar o presidente. Flávio afirmou que a abertura de uma “CPI dos Institutos de Pesquisa vai funcionar e eles precisam dar uma resposta para os brasileiros”.
É um risco maior
João Amoêdo, que foi nada menos que um dos fundadores do partido Novo, fez questão de abrir o seu voto em Lula no segundo turno da eleição presidencial. Antes, ele havia indicado que anularia o voto. “Os fatos, a história recente e o resultado do primeiro turno, que fortaleceram a base de apoio do presidente Jair Messias Bolsonaro, me levaram à conclusão de que o atual presidente apresenta substancialmente um risco maior.”
Campeão de votos
Em 2018, Amoêdo apoiou Bolsonaro na disputa pela Presidência contra Fernando Haddad (PT). Filho do senador Jader Barbalho (MDB-PA) e padrinho de uma aliança que abrigou partidos antagônicos, como PT, PSDB e União Brasil, Helder foi reeleito com 69,82% dos votos válidos no Pará, a maior nas eleições para governos estaduais. O fato do dia é que o governador reeleito do Pará, Helder Barbalho (MDB), minimizou a relação conturbada que existe entre o seu partido e o PT e declarou apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “O MDB tem de ter equilíbrio nesse ambiente polarizado.”
PINGA FOGO
- Em tempo. Sobre as notas um ‘E um risco maior’ e ‘Campeão de votos’, o presidente do Novo, Eduardo Ribeiro, criticou a declaração de João Amoêdo, que é ex-presidente do partido, de votar em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno.
- “Vergonhosa, constrangedora e incoerente a declaração de voto de João Amoêdo em Lula. O PT e o Lula representam tudo o que o nosso partido sempre combateu. Essa é a prova final de que o Novo nunca mudou, quem mudou foi o João.” Ainda de Eduardo Ribeiro.
- “Mais um motivo para votar em Jair Bolsonaro.” Quem disse foi o deputado federal reeleito Eduardo Bolsonaro (PL–SP), que chamou João Amoêdo (Novo) de “papel higiênico da esquerda”. Eles que briguem.
- Reinaldo, ídolo do Atlético e tratado como Rei, usou as redes sociais ontem para apoiar a candidatura do ex-presidente Lula neste segundo turno da eleição presidencial.
- Ah! Não é a primeira vez. Já que é assim, um bom domingo a todos com a família. Fim!