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Bolsonaro e os lutadores e a novela do dinheiro vivo na compra de imóveis

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Baptista Chagas de almeida

 

Candidato à reeleição, o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), participou, ontem, de encontro com um grupo de lutadores em São Paulo. Durante o evento, ele recebeu um cinturão de um dos apoiadores.





 

Ao discursar para o grupo de lutadores, Bolsonaro disse que o Brasil é “exemplo para o mundo” na questão da economia. “Apesar da pandemia, a gente lamenta as mortes, o Brasil está dando exemplo para o mundo na questão econômica. Tudo vem dando certo, graças a Deus, em função obviamente do povo alegre, feliz, trabalhador, que começa a conhecer o seu potencial”, fez quase uma oração o presidente.

 

Nem tudo são flores, não é mesmo? No registro oficial do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem no mínimo cerca de 10 milhões de desempregados. Provavelmente, o número deve ser maior diante dos brasileiros que nada têm. Basta ver em algumas grandes cidades país afora as pessoas que se abrigam nas ruas.

 

O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, fez campanha ontem em Minas Gerais. Pela manhã, Lula fez passeata em Teófilo Otoni, na Região Nordeste do estado, ao lado da senadora Simone Tebet (MDB-MS), que ficou em terceiro lugar no primeiro turno da eleição presidencial.





 

Também com ele estava Marina Silva (Rede Sustentabilidade), aquela que foi ministra do Meio Ambiente e hoje é deputada federal eleita por São Paulo.

 

“O Bolsonaro tem explicações para dar para o povo. Ele precisa dizer como é que não fez nenhuma Minha casa, minha vida e conseguiu comprar 51 imóveis com a família dele, com R$ 26 milhões, em dinheiro vivo”, cobrou, ao seu estilo peculiar, Lula em seu discurso.

 

“Eu não costumo chegar numa cidade e falar mal nem do prefeito da cidade nem do governador do estado. Não faz parte da minha formação política. Entretanto, o governador, durante a eleição dele,  fingia não ter candidato a presidente porque ele sabia que 40% dos meus eleitores votaram nele. Então, ele ficou quietinho sem falar nome de presidente. Agora que ele ganhou as eleições, caiu a máscara. Ele é bolsonarista.”

Ele também criticou o governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que no segundo turno declarou apoio ao presidente Jair Bolsonaro.

 

Acadêmico Sarney

“Devemos reunir todos, sem partidarismo ou ideologia, e prestigiar o Supremo Tribunal Federal. É ele que guarda a Constituição, nossa garantia como nação democrática”, fez questão de ressaltar o ex-presidente da República José Sarney (MDB), de 92 anos, em defesa do Supremo. Sarney, que é integrante da Academia Brasileira de Letras (ABL), lembrou que Rui Barbosa declarou: “Eu instituo esse tribunal venerando, severo, incorruptível guarda vigilante desta terra. A estrutura do país repousa sobre o Supremo Tribunal Federal, que será sempre a base da democracia e da liberdade”.





 

E a solidariedade

“A estrutura do país repousa sobre o Supremo Tribunal Federal (STF)”, continuou o ex-presidente Sarney. Tem mais: “O STF será sempre a base da democracia e da liberdade. Minha solidariedade à Suprema Corte e aos seus ministros, que zelam pelas instituições. Sem um STF forte e íntegro, não há democracia e os direitos individuais desaparecem”. O texto não cita nenhum ataque específico que o STF tenha sofrido. Por fim, José Sarney destaca que todos devem se unir para prestigiar o Supremo Tribunal Federal.

 

“O outro lado se esconde” 

“Lamento o outro lado não comparecer. Eu vou ficar exposto a perguntas, espero poder corresponder à altura, temos muito o que falar, mostrar o que o governo fez, como atendeu a todos. O outro lado se esconde, criam fake news.” Foi a declaração do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, na chegada aos estúdios do SBT, em Osasco, São Paulo. Ele referia-se à ausência do adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A emissora iria realizar um debate entre os candidatos à Presidência da República, mas Lula negou o convite, e Bolsonaro foi entrevistado.

 

O clima piorou

A senadora Simone Tebet (MDB-MS), terceiro lugar no primeiro turno das eleições presidenciais, chamou o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), de pedófilo ao comentar a fala do candidato à reeleição do PL sobre as meninas venezuelanas. “Quando Bolsonaro disse que pintou um clima, é crime. É mais do que isso, é pedofilia. E lugar de pedófilo é na cadeia. Eu não tenho medo. Já chamei o presidente de covarde e não tenho medo de dizer que ele cometeu um crime.” Como tudo passa por Minas Gerais na política nacional, Simone Tebet estava em Teófilo Otoni.





 

 

Serve de consolo?

Em mais um dia de trégua no mercado financeiro internacional, o dólar teve forte queda e chegou ao menor valor em um mês. A bolsa de valores subiu mais de 2% e fechou no nível mais alto desde abril. Apenas nesta semana, a moeda norte-americana caiu 3,27%. Nos últimos dias, o dólar recuou com a renúncia da primeira-ministra britânica, Liz Truss, e com as expectativas de que o Federal Reserve (FED), o banco central norte-americano, desacelere as altas de juros a partir de dezembro. O fato que mais interessa é que a cotação do dólar está no menor valor desde 22 de setembro.

 

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