O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) multou em R$ 75 mil a campanha do presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL) pelo descumprimento de ordem judicial a respeito do impulsionamento do site “LulaFlix”. A decisão foi da ministra Maria Cláudia Bucchianeri, que ainda fixou uma penalidade de até R$ 150 mil em caso de nova desobediência.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, já tinha chamado a atenção para o novo dispositivo que está sendo utilizado nas campanhas eleitorais: a utilização da mídia tradicional para a disseminação de mentiras e desinformações na internet. Essa modalidade foi classificada por ele como a “segunda geração” das fake news.
O promotor de Justiça Francisco Eugênio Coutinho do Amaral, do Ministério Público de Minas Gerais, foi suspenso por 30 dias por promover uma série de ataques contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ex–presidentes da República e parlamentares. A decisão foi dada pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), na 16a Sessão Ordinária, dessa terça–feira, isso mesmo, foi ontem.
Em uma das postagens, por exemplo, o ex–presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece em uma charge apertando as nádegas da deusa da Justiça, que é nada menos que o símbolo do STF.
Bastaria, mas o pior é que tem mais: “as imagens são chocantes, as insinuações são aberrantes. Considero que temos aqui mais um exemplo que merece uma sanção exemplar diante do que aconteceu. E digo isso com muito constrangimento, porque nós não estamos falando de pessoas imaturas, não estamos falando de pessoas que não têm consciência jurídica”. Quem diz é o conselheiro Otávio Luiz Rodrigues Júnior em seu voto.
Já que estamos nesta seara jurídica o jeito é trazer às notícias para nada menos que a presidente do Supremo Tribunal Federal, a ministra Rosa Weber. Ela votou, ontem, por reconhecer a omissão do governo federal ao não executar a verba do Fundo Amazônia que capta doações para projetos de preservação e fiscalização do bioma e determinar a reativação do fundo em 60 dias.
“Como já foi reiterado aqui, não é tarefa simples. Menos ainda, em horas de tentativa de subversão ou de erosão democrática e contra o estado de direito. Dificuldades fazem parte, mas o Brasil vale a pena, o estado de direito vale a pena, a democracia vale o que cada um de nós faz”. Desta vez é a ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia.
Papa Francisco
“Peço a Nossa Senhora Aparecida que proteja e cuide do povo brasileiro, que o livre do ódio, da intolerância e da violência”, publicou o Santo Padre. “Queridos irmãos e irmãs, anteontem, em Crato, no estado brasileiro do Ceará, foi beatificada Benigna Cardoso da Silva, uma jovem mártir que, seguindo a palavra de Deus, manteve pura a sua vida, defendendo a sua dignidade. O seu exemplo nos ajude a ser generosos discípulos de Cristo. A vida do mundo depende do nosso testemunho coerente e alegre do Evangelho. Um aplauso à nova beata!”
BankBoston basta?
O ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou a empresários, ontem, em Belo Horizonte, que o ex–ministro e banqueiro Henrique Meirelles, cogitado como seu sucessor no cargo do governo do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT), “nem economista é”. O evento com o ministro da Economia acontece na reta final da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) que está em Minas Gerais. Aos fatos: Meirelles foi presidente internacional do BankBoston, presidente do Banco Central (BC) nos governos do ex–presidente Lula e ministro da Fazenda no governo Michel Temer.
Bolsonaro em MG
“Eu não vou dizer que Minas vai virar. Minas já virou. Minas nos dá o norte para a vitória. Minas decide as eleições. Ninguém chega à Presidência sem ser vitorioso em Minas Gerais. Aqui, nós já ganhamos as eleições”. De um palanque, o atual presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) discursou a apoiadores em Uberlândia. Ele afirmou que Minas Gerais decide as eleições” e que ninguém é eleito presidente sem vencer no estado. E fez questão de repetir: “desde a rede redemocratização todos os presidentes eleitos no Brasil foram vitoriosos no estado”.
Apoio espanhol
Em vídeo publicado nas redes sociais de Lula (PT), ontem, o primeiro–ministro espanhol Pedro Sánchez (foto) declara apoio à candidatura do petista à Presidência do Brasil. Na gravação, Sánchez afirma que o Brasil é a maior economia da América Latina e que sua voz é “imprescindível diante dos grandes desafios globais que nos unem” e que a vitória de Lula “seria a vitória dos progressistas do mundo inteiro”. Pedro Sánchez é o presidente do governo da Espanha. Felipe VI ordenou a nomeação de Sánchez como presidente do Governo por decreto real de 1º de junho de 2018.
Gratidão mineira
“Vossa excelência, ministra Cármen Lúcia, é um expoente dessa Suprema Corte, uma estrela de primeira grandeza, não só da magistratura constitucional como do magistério jurídico. Conta com o nosso incondicional apoio, nosso respeito, admiração e carinho”. Desta vez é a presidente do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber em defesa da ministra mineira, Em discurso em que ressaltou o valor da democracia, Cármen agradeceu as manifestações de apoio que recebeu. Foi depois de ter sido vítima de ataques misóginos e preconceituosos do ex–deputado Roberto Jefferson (PTB–RJ) que agora está devidamente trancafiado, na cadeia.
Pinga
Apelou, perdeu. O Instituto Nacional de Advocacia (Inad) pediu o adiamento das eleições 2022 após a demissão de um servidor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O Inad afirmou que a “diferença de tempo para o candidato Lula foi muito superior que o do presidente Bolsonaro”.
“Considerando que restam só três dias para o segundo turno das eleições e sem tempo hábil para diminuir os prejuízos para a chapa, não há solução a ser tomada é adiar as eleições para investigar o fato”. A proposta foi defendida pelo senador bolsonarista Lasier Martins (foto) (Podemos–RS). Tá explicado!
O dia não está bom para os bolsonaristas. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, indeferiu pedido da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) para investigar suposta irregularidade em inserções da propaganda eleitoral em rádios.
O plenário do STF julga uma ação em que partidos da oposição – PSB, PSOL, PT e Rede – alegam que a União está deixando de disponibilizar R$ 1,5 bilhão do fundo, já em conta, que legalmente deveriam ser destinados para financiar projetos de preservação na Amazônia Legal.
Parece notícia antiga e é mesmo. Já que é assim, está chegando a hora de encerrar por hoje. FIM!