Jornal Estado de Minas

Lamento de Edir Macedo e a boa vontade mineira

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A presidente nacional do PT, deputada reeleita Gleisi Hoffmann (PR), rebateu as declarações feitas pelo bispo Edir Macedo de que seria preciso perdoar o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e aceitar o resultado das eleições. Líder e fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, Edir Macedo é grande apoiador do futuro ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL).





“Dispensamos o perdão de Edir Macedo. Ele é quem precisa pedir perdão a Deus pelas mentiras que propagou, a indução de milhões de pessoas a acreditarem em barbaridades sobre Lula e sobre o PT, usando a igreja e seus meios de comunicação para isso. A nossa consciência está tranquila.” Desta vez, quem escreveu foi a petista Gleisi Hoffmann em postagem no Twitter.

As igrejas neopentecostais, a exemplo da Igreja Universal, foram palanque do ainda presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), durante o período eleitoral. Entretanto, Macedo disse que a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi “vontade de Deus”. O religioso afirmou, na mesma ocasião: “Eu orei, ‘ó, Deus, quero que Bolsonaro ganhe. Mas seja feita vossa vontade, sobretudo porque o Senhor é quem manda’. Então, o que é que eu vou fazer agora? Tocar a vida para frente”.

Já que tudo tem obrigatoriamente de passar por Minas Gerais, o presidente do Senado Federal (SF) e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse, também ontem, acreditar que o Congresso terá boa vontade. Tanto para votar a proposta de emenda à Constituição (PEC) que pode flexibilizar o teto de gastos para viabilizar promessas de campanha do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quanto para garantir o Bolsa-Família com o valor de R$ 600.





E o parlamentar mineiro ressaltou ainda que sua previsão pode ser além de um aumento real no próprio salário mínimo em 2023, isso mesmo, no ano que vem. Ele mesmo destaca: “De nossa parte, evidentemente, havendo esse diagnóstico técnico, sem extravagâncias, haverá por parte do Congresso Nacional toda boa vontade de apreciação desde já de uma PEC nesse sentido”.

“Não há alinhamento automático. Há uma disposição de colaboração, mas dentro de uma agenda para o Brasil. Por exemplo, a reforma tributária. Outros projetos relevantes. Não queremos relação fisiológica.” Desta vez, é Baleia Rossi (MDB-SP), que é o presidente nacional do partido.
 

Jantar indigesto

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso precisou ser escoltado depois ser visto em um restaurante na noite de quinta-feira em Porto Belo, litoral norte de Santa Catarina. Ele jantava no Bairro Perequê quando um grupo de manifestantes se reuniu e começou a xingá-lo. Barroso tem casa na cidade e testemunhas contaram que os extremistas bolsonaristas o seguiram até a residência. A Polícia Militar precisou ser chamada ao local e ajudou a equipe de segurança do STF a fazer uma escolta para que o ministro deixasse o imóvel de madrugada, já por volta das 4h.




 

“Como cidadão, estou pedindo para o tribunal competente averiguar as informações divulgadas hoje sobre as possíveis fraudes nas eleições brasileiras. Surgiram dúvidas válidas e de interesse coletivo”


Deputado federal eleito pelo PL-MG Nikolas Ferreira, sobre matéria do argentino La Derecha Diário indicando que modelos de urnas eletrônicas antigas usadas nas eleições não teriam sido fiscalizadas e que nelas Lula teve mais votos, enquanto Bolsonaro teria vencido nos novos equipamentos. A matéria fala em “auditoria privada”, sem citar nome da empresa que teria feito a testagem. O Tribunal Superior Eleitoral afirma que não há urnas não auditadas.
 

Copa do Mundo

“Sabemos que o futebol não vive em um vácuo e estamos igualmente cientes de que existem muitos desafios e dificuldades de natureza política em todo o mundo. Mas, por favor, não deixem que o futebol seja arrastado para todas as batalhas ideológicas ou políticas que existem.” O fato é que a Fifa escreveu para as seleções da Copa do Mundo pedindo que se concentrem no futebol no Catar e não deixem o esporte ser arrastado para batalhas ideológicas ou políticas. A Copa do Mundo, a primeira realizada no Oriente Médio, começa em 20 de novembro.

O jeito mineiro

O deputado reeleito Patrus Ananias (PT-MG) destacou que a vitória do ex-presidente Lula (PT) na eleição presidencial contra Jair Messias Bolsonaro (PL) foi “histórica”. Calma que tem mais. “Enfrentamos não só um adversário político, mas uma campanha insidiosa, com muita violência, compra de votos, todas as medidas demagógicas e até mesmo inconstitucionais que foram tomadas na reta final da campanha.” Ele ainda denunciou o governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema, um “defensor do neoliberalismo e do Estado mínimo”, que apoiou Bolsonaro.




 

Ela pede escolta

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) pediu ao presidente do Senado Federal (SF), Rodrigo Pacheco (DEM-MG), reforço de segurança e escolta da Polícia Legislativa. Foi logo depois de receber ameaças de morte. A informação foi publicada, ontem pela revista Veja. “Depois de entrar de cabeça na campanha de Lula, a senadora Simone Tebet passou a ser alvo de ataques raivosos de bolsonaristas, principalmente pelas redes sociais. As ameaças, inclusive de morte, aumentaram drasticamente nos últimos dias e obrigaram a parlamentar a agir.”
 

PINGA FOGO

 
  • Em tempo, sobre a nota ‘O jeito mineiro’: o deputado Patrus Ananias (PT-MG) acrescentou sobre o governador Romeu Zema (Novo) um “defensor do neoliberalismo e do Estado mínimo que fez em grande parte de sua campanha com recursos da Vale, das tragédias de Mariana e Brumadinho”.
  • Mais um Em tempo, da nota ‘Copa do Mundo’: a carta do presidente da Fifa, Gianni Infantino, e da secretária-geral, Fatma Samoura, segue série de protestos feitos pelas seleções da Copa do Mundo sobre questões que vão de direitos LGBTQI+ a preocupações como tratar trabalhadores imigrantes.
  • “Resistência”, como é chamada a cachorrinha de Lula e Janja, ocupará os jardins do Palácio da Alvorada em breve. Com direito a um gramado enorme, piscina e vista panorâmica, a partir de 1º de janeiro de 2023 a cadelinha vai mudar de vida. Uma tradição entre os ex-presidentes da República do Brasil, a residência presidencial está acostumada a receber bichinhos de estimação como moradores. Durante os próximos quatro anos, a cachorrinha será a dona do território. Já que é assim, com direito a AuAu Pet, já é hora de finalizar. O fim de semana chegou. Então... FIM!