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Estado de Minas EM DIA COM A POLÍTICA

Presidente eleito, Lula retribui a gentileza ao argentino Alberto Fernández

Os dois já eram conhecidos. Quando o argentino Alberto Fernández estava em campanha, ele chegou a visitar o presidente Lula em Curitiba


18/11/2022 04:00 - atualizado 18/11/2022 08:25

Presidente argentino veio ao Brasil e se encontrou com Lula
Um dia após a vitória de Lula nas urnas em segundo turno, o presidente argentino veio ao Brasil e se encontrou com o petista (foto: Esteban Collazo/AFP Photo/Presidência Argentina - 31/10/22)

 

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deve viajar para a Argentina antes mesmo da posse, afirmou, ontem, o ex-ministro Celso Amorim, que já foi titular da Defesa e das Relações Exteriores em governos anteriores do PT. “Acho que compromisso de ida, pelo que entendo, apenas à Argentina.”

 

Alberto Fernández, o atual líder argentino, visitou Lula em São Paulo um dia depois da votação de segundo turno. Os dois já eram conhecidos. Quando Fernández estava em campanha, ele chegou a visitar Lula, em Curitiba.

 

Mas tem muita gente querendo visitar o petista Lula. “Há acenos dos Estados Unidos da América (EUA) e de outros países, mas eu não sei, não conversei o suficiente com Lula, já que ele tem desejo de manter um certo equilíbrio nas viagens e precisa cuidar da parte interna.” Em relação ao Lula, Alberto Fernandez disse que ele teria interesse em ir antes ou depois da posse.

 

O ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim afirmou ainda que, “se puder aconselhar, vou sugerir que Lula também visite o Uruguai, que ocupa no momento a presidência do Mercosul”.

 

Pela manhã, a assessoria de imprensa de Lula informou que ele também teve reuniões bilaterais com o ministro do Meio Ambiente da Noruega, Jonas Gahr Støre, por volta de meio-dia, no hotel onde Lula está hospedado. Mais tarde, ele teve encontro com lideranças indígenas. O presidente eleito se encontrou também na COP 27 com a ministra de Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock.

 

Noruega e Alemanha são doadores do Fundo Amazônia e divulgaram, logo depois de Lula ter vencido as eleições presidenciais, que desbloquearão recursos destinados ao fundo.

 

O ministro do Meio Ambiente da Noruega, Espen Barth Eide, afirmou, ontem, durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 27), no Egito, que o país europeu pretende reativar o Fundo Amazônia já no início do ano que vem.

 

À agência de notícias Reuters, o ministro afirmou que a retomada deverá se dar “logo depois de 1º de janeiro”, quando o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, toma posse.

 

O fundo foi suspenso pela Noruega e Alemanha em 2019, em meio à alta do desmatamento da Amazônia e logo depois de o governo do ainda presidente Jair Messias Bolsonaro ser acusado de não agir para conter a destruição. É fato, Jair Bolsonaro não mexeu um palmo para impedir, mas agora ele não vai mais mexer nenhuma palha na floresta amazônica.

 

 

A primeira baixa

Nem tudo são flores nesta caminhada de montagem da equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O ex-ministro Guido Mantega pediu ontem para deixar a equipe de transição do governo petista. Mantega integrava o grupo de planejamento, orçamento e gestão. De acordo com a assessoria do governo de transição, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, recebeu a carta de renúncia de Mantega e ligou para o ex-ministro. Alckmin foi elegante e agradeceu Mantega pelos serviços prestados à transição.

 

Mais denúncias

O governo do presidente Jair Messias Bolsonaro, do Partido Liberal (PL), é alvo de nova denúncia encaminhada a relatores de direitos humanos e mudanças climáticas das Nações Unidas (ONU). “Autoridades e alto escalão, incluindo o presidente e o ministro do Meio Ambiente, deram sinais que podem ser interpretados para encorajar práticas ilegais, como desmatamento, com uma sensação de impunidade”, diz o texto da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), da ONG Conectas, do Instituto Socioambiental (ISA) e do Observatório do Clima e o WWF-Brasil.

 

Tinha que ter Minas

O deputado federal e integrante do grupo de transição de comunicação social André Janones (Avante - MG) afirmou, ontem que a equipe fará uma “ressonância” na Secretaria de Comunicação (Secom) do governo para tentar rastrear possíveis ligações da estrutura com o financiamento do chamado “gabinete do ódio”. “Ontem, a gente já teve acesso a uma série de contratos extremamente suspeitos.” O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usa a expressão ‘ressonância’, né? “É fazer ressonância do gabinete do ódio.”

 

Para o bem e mal

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) determinou a volta do uso de máscaras em veículos de transporte e também nas unidades de saúde. “Continuamos a recomendar o uso de máscara para pessoas acima de 60 anos. Além de áreas com aglomeração e ambientes fechados. Para o grupo de instituições de saúde e transporte, será obrigatório.” A Prefeitura de Belo Horizonte determinou a medida para enfrentar a pandemia da COVID-19. O anúncio foi feito por Cláudia Navarro, secretária municipal de Saúde.

 

Para finalizar

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, retomará a sua agenda de transição na próxima semana, para começar a discutir a indicação de ministros. A afirmação é do coordenador dos grupos temáticos da equipe de transição, Aloizio Mercadante. Uma avaliação mais detalhada dos programas de governo deverá ser entregue em 1º de dezembro. “Os grupos de trabalho vão preparar sugestões, que depois serão revistas pelo ministro nomeado e que terão que ser pactuadas com o presidente da República.” Então, isso é um processo.

 

PINGA FOGO

 

 

  • Em tempo, sobre a primeira baixa: no período em que o PT esteve no governo, Guido Mantega ocupou cargos da área econômica. Foi ministro do Planejamento, presidiu o BNDES e ministro da Fazenda nos governos tanto de Lula quanto da presidenta Dilma Rousseff, como ela gostava de ser chamada.
  • Mais um Em tempo, desta vez da nota ‘Tinha que ter Minas’: “Estamos tendo acesso a uma série de dados, de contratos extremamente suspeitos, e a ideia é seguir o fio desse dinheiro para tentar chegar aos verdadeiros financiadores dos gabinetes”, afirmou o deputado André Janones (Avante).
  • Mais um Em tempo. O número de óbitos neste ano é de 955. Desde o início da pandemia, em fevereiro de 2020, foram 450.479 casos confirmados e 8.250 mortes, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).
  • Por fim, o presidente da República do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, do Partido Liberal (PL), e seus assessores gastaram mais de R$ 3,5 milhões com petiscos e alimentos servidos no avião presidencial durante os quatro anos de governo.
  • Os dados foram levantados pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) junto ao Portal da Transparência. Sendo assim, basta por hoje. 

 

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