Ao abrir, ontem, a sessão extraordinária do Senado Federal, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), declarou que o “Brasil não vai ceder diante de golpismos” e que os ataques aos prédios do três Poderes da República, no último domingo, foram e devem ser tratados como crimes.
Ele também ressaltou que as instituições estão “mais do que nunca” fortalecidas e unidas em defesa da democracia, em resposta “a essa minoria antidemocrática”. Melhor ele próprio detalhar.
“Não é justo que o povo brasileiro pague por essa conta. Todo aquele que gera o dano fica obrigado a repará-lo. E aquelas pessoas que aqui estiveram para praticar os crimes no Senado Federal já estão sendo identificadas, serão individualizadas, terão todas as informações colhidas e recolhidas, num procedimento próprio da Polícia Legislativa do Senado, sem prejuízo das providências da Polícia Federal e de outras providências.”
O presidente do Senado Federal, que estava na Europa no dia da invasão, chegou a Brasília na segunda-feira, quando visitou os locais invadidos e depredados. Ele foi acompanhado durante a visita pela diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, e pelo diretor da Polícia Legislativa do Senado, Alessandro Morales Martins.
De acordo com um levantamento inicial da diretoria-geral do Senado com a equipe de conservação, o prejuízo causado pela depredação do prédio, de objetos e obras de arte é de cerca, por baixo, de nada menos que R$ 4 milhões.
E teve mais no Senado Federal. O Plenário aprovou o decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que determinou a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal (DF). A votação foi simbólica, ou seja, sem o uso do painel eletrônico para a contagem dos votos.
Os acampamentos de defensores do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) que ainda estavam em atividades foram desmontados em todas as capitais do país.
A maioria das aglomerações de bolsonaristas acabaram ainda na segunda-feira, e olha que algumas delas, como nas cidades do Recife e Cuiabá, só finalizaram na manhã de ontem.
A ordem para a desmobilização foi dada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, depois de terroristas apoiadores do ex-presidente Bolsonaro invadirem e depredarem o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto, sedes dos três Poderes.
Fim da novela
O vice-presidente da República Federativa do Brasil, Geraldo Alckmin (PSB), disse ontem que a democracia brasileira sai fortalecida depois das respostas rápidas dadas pelo país aos atos antidemocráticos de domingo, em Brasília. Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, deu a declaração na saída da cerimônia de posse da nova diretoria da ApexBrasil. “A resposta foi extremamente rápida e já foi feita a intervenção na segurança pública do Distrito Federal. Há poucos casos de acampamentos.”
Bastaria mas...
Calma, que tem mais: “os que existiam foram desmobilizados. Acho que a democracia sai fortalecida desse episódio”, disse Alckmin ao destacar, também, que o ocorrido acabou por unir os três Poderes e as unidades federativas na defesa da democracia. E acrescentou: “É consolidando a democracia que o ambiente econômico vai melhorar e se fortalecer”, disse. O vice-presidente disse que a resposta aos atos antidemocráticos será de punição não apenas a quem os praticou, mas aos responsáveis por seu financiamento. Na avaliação dele, os atos não prejudicarão a economia do país.
Atos terroristas
A Polícia Federal (PF) foi cumprir mandado na casa do ex-ministro Anderson Torres na tarde de ontem, isso mesmo, na terça-feira. Ele comandou a pasta da Justiça no governo Jair Messias Bolsonaro e começou o ano como secretário de Segurança do Distrito Federal (DF) e foi exonerado da secretaria depois dos atos terroristas na Praça dos Três Poderes, em Brasília, no último domingo. Quem demitiu Torres foi Ibaneis Rocha, pouco antes de ser afastado do governo do DF por 90 dias pelo ministro Alexandre de Moraes.
Bola da vez
Quem conhece como andam as coisas agora em Brasília não tem dúvidas: o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), pode estar entre os próximos detidos pela omissão diante dos atos golpistas no último domingo. E a sua volta ao GDF é considerada não apenas improvável, mas quase impossível. Ele foi afastado do cargo por 90 dias por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Este entende
O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, afirmou, em nota, que mantém contato com o Ministério da Justiça para monitorar a situação de pessoas detidas após participarem de invasão e depredação das sedes dos três Poderes no último domingo, em Brasília. “As prisões em flagrante estão sendo lavradas e as pastas vão atuar conjuntamente para que a legalidade sempre seja observada”, disse Silvio Almeida, que é advogado, filósofo e professor universitário. Ele é do ramo. Há quase duas décadas, tem intensa atuação no campo dos direitos humanos.
Pinga-fogo
Em tempo, ainda sobre o vice-presidente Geraldo Alckmin: ele ressaltou, no entanto, que, para deixar claro o compromisso com a democracia e, consequentemente, para a economia, “a experiência mostra que o que não pode ter é impunidade”. “O que foi feito no STF é inacreditável.”
Mais um Em tempo: o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Morais entendeu que houve omissão das autoridades do DF, que não contiveram os terroristas antes do vandalismo que depredou o Palácio do Planalto, o prédio do Congresso e o do Supremo Tribunal Federal (STF).
Quatro brasileiras foram escolhidas pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) para fazer parte da equipe de arbitragem da Copa do Mundo de futebol feminino, que será disputada entre 20 de julho e 20 de agosto, na Austrália e na Nova Zelândia.
A árbitra Edina Alves, as auxiliares Neuza Back e Leila Moreira da Cruz e a árbitra de vídeo Daiane Muniz dos Santos vão representar o nosso país no mundial! Parabéns a todas! A equipe de árbitras do Brasil é considerada pela Fifa uma das mais experientes.
Bacana né? Sendo assim, chegou a hora de encerrar com uma boa notícia. FIM!