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Estado de Minas EM DIA COM A POLÍTICA

Em Roraima, Lula promete assistência médica ao povo yanomami

Presidente reforçou que equipes do governo federal vão garantir ajuda e proteção aos indígenas


22/01/2023 04:00 - atualizado 22/01/2023 07:19

Lula visitou reserva yanomani e recebe pedido de ajuda contra o garimpo ilegal
Lula visitou reserva yanomani e recebe pedido de ajuda contra o garimpo ilegal (foto: RICARDO STUCKHERT/PR)

A agenda: @LulaOficial1: “Recebemos informações sobre a absurda situação de desnutrição de crianças ianomâmis em Roraima. Viajei ao estado para oferecer o suporte do governo federal e, junto com nossos ministros, atuaremos pela garantia da vida de crianças ianomâmis”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou em Boa Vista, capital de Roraima, ontem, para anunciar as medidas para enfrentar a crise sanitária entre os ianomâmis, em especial frente aos casos de desnutrição grave entre crianças na reserva indígena, que é maior do país, com 30 mil nativos.

O presidente Lula e a comitiva de ministros visitaram a Casa de Saúde Indígena, na zona rural de Boa Vista, onde foi recepcionado por indígenas, que entoaram cantos ao vê-lo.

Além disso, alguns seguravam cartazes com pedidos de ajuda, como “Vidas indígenas importam” e “Fora garimpo”. O governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), e o prefeito de Boa Vista, Arthur Henrique, recepcionaram o presidente e comitiva de ministros na Base Aérea.

De acordo com o Ministério dos Povos Indígenas, comandado por Sônia Guajajara, 99 crianças do povo ianomâmi morreram em 2022 por conta do garimpo ilegal na região. A pasta estima que ao menos 570 crianças foram mortas por contaminação por mercúrio, desnutrição e fome nos últimos anos.

Lula reforçou que equipes do governo federal vão garantir ajuda médica e proteção aos territórios dos ianomâmis.

A grave situação de desassistência fez com que o Ministério da Saúde declarasse emergência de saúde pública na noite de sexta-feira. Pelo menos outros quatro ministérios estão envolvidos na força-tarefa para ajudar os indígenas. Vamos a eles: Desenvolvimento e Assistência Social, de Wellington Dias; Povos Indígenas, de Sônia Guajajara, como não deixaria de estar; e ainda a pasta de Direitos Humanos, de Silvio Luiz de Almeida; e Justiça e Segurança Pública, de Flávio Dino.

Exército

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu o comandante do Exército, general Júlio César de Arruda. No lugar dele, o presidente nomeou o então comandante militar do Sudeste, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva. Ele foi o autor da primeira manifestação pública de um comandante militar desde os ataques na capital federal. Em discurso para a tropa, disse que o resultado das urnas deve ser respeitado.

Isso é ser militar

O comandante militar do Sudeste, general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, disse em discurso na quarta-feira em uma cerimônia no Quartel-general Integrado, em São Paulo, o que é ser militar: “Ser militar é ser profissional. É respeitar a hierarquia e a disciplina. É ser coeso. É ser íntegro. Ter espírito de corpo. É defender a pátria. É ser uma instituição de Estado. Apolítica, apartidária. Não interessa quem está no comando: a gente vai cumprir a missão do mesmo jeito. Isso é ser militar”.

''Tudo o que dizia respeito ao cinema era um encantamento, que se projeta para além das telas que quase já não existem mais nas grandes cidades. Sou exatamente a mulher de um mundo que já acabou''

Cármen Lúcia, ministra do STF, ao abrir o Fórum de Tiradentes, na cidade histórica mineira, neste sábado (21/1). Ela se emocionou durante a fala e foi bastante aplaudida pelos participantes

Exportar armas

A deputada federal Fernanda Melchionna (Psol-RS) enviou, na sexta-feira, dois pedidos de informações aos ministérios da Defesa e de Relações Exteriores sobre possível autorização de exportação de armas para o Peru durante o governo Jair Messias Bolsonaro (PL). A solicitação tem como base a notícia do periódico peruano de que a empresa brasileira Condor Indústria Química forneceu, em 20 de dezembro do ano passado, 28.960 projéteis para o governo do Peru. O acordo teria envolvido o diretor de administração, general José Tristá Castro, e a empresa brasileira.

Povos indígenas

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu, ontem, a união dos Poderes para ajudar o povo indígena ianomâmi, em meio à crise humanitária agravada pelo governo de Jair Messias Bolsonaro. “A desoladora situação vista na Terra Ianomâmi, em Roraima, onde centenas de indígenas, boa parte composta por crianças, morreram nos últimos anos em razão da falta de assistência, por doenças, por desnutrição e pelo avanço do garimpo ilegal, exige a união das instituições”, afirmou Pacheco.

Pinga-fogo

O ministro da Educação, Camilo Santana, avisou que o governo federal anunciará, ainda este mês, um reajuste no valor das bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

As bolsas de pesquisa estão sem reajuste há 10 anos. De acordo com a Associação Nacional de Pós-Graduandos, o valor das bolsas de estudo teve perda de 75% no poder de compra em comparação ao valor de 2013, quando houve o último reajuste.

A possibilidade de a COVID-19 voltar a se espalhar na China nos próximos dois ou três meses é remota, já que 80% das pessoas já foram infectadas. Quem diz é um importante cientista ligado ao governo chinês.

O advogado e ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão defendeu toda a responsabilidade criminal do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro pelo crime de genocídio contra os povos indígenas brasileiros, especialmente o povo ianomâmi.

Já que é assim, melhor esperar pelo desfecho. O ex-presidente deve ter mais encrencas ainda. E já que é assim, chegou a hora: FIM!
 

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