O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que não falaria com o americano Joe Biden sobre a extradição de Jair Messias Bolsonaro (PL), que está nos Estados Unidos, e que essa decisão depende da Justiça brasileira. A afirmação foi feita em entrevista à CNN, em Washington.
“Um dia ele vai ter que voltar ao Brasil e enfrentar os processos que responde. Eu não vou falar com Biden sobre a extradição do Bolsonaro, isso vai depender dos tribunais, e eu quero que ele seja considerado inocente até que seja provado o contrário, o que não aconteceu comigo”, afirmou Lula.
“Bolsonaro é uma cópia fiel. É como se você colocasse numa máquina e tirasse uma fotocópia, é a mesma coisa. Não gosta de sindicato, não gosta de empresário, não gosta de trabalhadores, não gosta de mulheres, não gosta de negros, não gosta de conversar com empresários”, atacou também o petista.
E teve mais na CNN: “Bolsonaro não gosta de falar com a imprensa. Nós mudamos isso. Acho que o Brasil aos poucos vai se encontrando e, aos poucos, a democracia vai prevalecer”.
Jair Bolsonaro está na Flórida, para onde foi antes da cerimônia de posse de Lula. No último dia 30, ele pediu visto de turista para permanecer mais tempo nos Estados Unidos, já que seu visto diplomático estava prestes a expirar.
Lula e Biden se encontraram na Casa Branca, residência oficial do governo norte-americano, no fim da tarde de ontem, horário de Washington. Logo no início do encontro, em momento aberto à imprensa, o petista fez três observações: agradeceu a Biden pelo cumprimento depois da vitória nas eleições de outubro, pela defesa da democracia e ainda, elegantemente, parabenizou o democrata pelo discurso no Congresso americano.
Antes de ir à Casa Branca, Lula se encontrou com parlamentares do Partido Democrata. Por meio das redes sociais, o presidente disse que foram tratados "programas sociais que desenvolvemos no Brasil, a preocupação que compartilhamos sobre o meio ambiente e o futuro do mundo e o enfrentamento à extrema-direita e às fake news nas redes sociais".
Terra yanomami
“O foco neste momento é interromper a prática criminosa e proporcionar a total e efetiva retirada dos não indígenas da Terra Yanomami, preservando os direitos humanos de todos os envolvidos”, informou a Polícia Federal (PF), que deflagrou operação para combater o garimpo ilegal na área dos yanomamis. De acordo com a Polícia Federal, para impedir o garimpo ilegal, os agentes devem trabalhar em duas frentes: a inutilização da infraestrutura que sustenta o crime e a busca por provas. A estimativa é de que 20 mil garimpeiros ainda estejam na Terra Indígena Yanomami.
Deter desmatamento
A área agregada de desmatamento na Amazônia Legal, em janeiro, foi de 167 quilômetros quadrados, uma redução de 61% em relação ao registrado no mesmo mês do ano passado, quando chegou a 430 quilômetros quadrados. Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), com base nos alertas feitos pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter). Ele é um levantamento rápido de alertas de evidências de alteração da cobertura florestal na Amazônia feito pelo Inpe.
Nota de cavalaria
Duas propostas em análise na Câmara dos Deputados acabam com o uso de cavalos em operações policiais. O projeto de lei do deputado Marcelo Queiroz (PP-RJ) proíbe o emprego de equinos em guarda montada nas cavalarias federal, estaduais e municipais. O texto estabelece ainda um prazo de seis meses para a apresentação de um projeto social associado a esses animais. “O uso de cavalos em combate ou operações é ineficaz e desrespeita as boas práticas de bem-estar animal”, disse ainda o deputado Marcelo Queiroz.
Vai um cafezinho?
O projeto de lei do deputado Marangoni (União-SP) cria o roteiro turístico dos cafés da Alta Mogiana, passando por Minas Gerais e São Paulo. A criação do roteiro tem o objetivo de fortalecer a identidade, favorecer parcerias, aumentar a qualidade e o volume de negócios na região. O texto tramita na Câmara dos Deputados. A Alta Mogiana produz de dois a três milhões de sacas de café ao ano e envolve mais de cinco mil produtores. A região já tem a certificação que a reconhece como produtora de cafés especiais.
ÓVNI
As Forças Armadas dos Estados Unidos derrubaram um objeto não identificado que sobrevoava o estado do Alasca, ontem. De acordo com as autoridades dos EUA, a ação ocorreu por ordem do presidente Joe Biden. O porta-voz americano confirmou a ação. O objeto voava a uma altitude que o tornava uma ameaça potencial para aeronaves civis. O tamanho não é semelhante ao balão chinês que foi derrubado nos EUA, na semana passada. Não há indicação de que o objeto podia ser dirigido nem de onde ele partiu.
Pinga-fogo
Em tempo do equino: “Na Praça dos Três Poderes, um policial foi derrubado e o cavalo, indefeso, acabou atingido por agressores. Não houve proteção ao policial, e o animal ficou exposto”, criticou Marcelo Queiroz (PP-RJ).
Mais um Em tempo, sobre a nota ‘Vai um cafezinho?’: em Minas Gerais, o roteiro abrange os municípios de Claraval, Capetinga, Cassia, Ibiraci, Itamogi, Sacramento, São Sebastião do Paraíso e São Tomás de Aquino, congregando atividades de turismo rural com ênfase na cafeicultura.
A Câmara Municipal de Belo Horizonte aprovou, ontem, um projeto de lei que autoriza a atividade de ambulantes em manifestações espontâneas de caráter cívico, social, cultural, político, religioso, esportivo ou econômico em vias públicas.
O projeto determina que a prefeitura realize o credenciamento dos trabalhadores interessados, que devem firmar um termo de adesão com o município que dispensa licenciamento prévio, exigência prevista no Código de Posturas.
A autorização, no entanto, não se aplica ao período oficial do carnaval. Chegou a hora de decretar o conhecido… FIM!