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Refugiados das Nações Unidas e o general cita as joias da Michelle

''O ex-vice-presidente da República general Hamilton Mourão (Republicanos-RS) comentou sobre o caso das joias da Michelle Bolsonaro''


10/03/2023 04:00 - atualizado 09/03/2023 23:29


Desde 1º de janeiro, o escritório brasileiro do Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) é comandado por um italiano: Davide Torzilli, que, neste pouco tempo, já se reuniu com autoridades federais, estaduais e municipais e estabeleceu como prioridade o auxílio aos indígenas aqui no Brasil.

Com mais de 26 anos de experiência no Acnur e passagens por Ruanda, Sudão do Sul, Suíça e Estados Unidos da América (EUA), Torzilli viu o início de sua nova missão coincidir com a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que promete uma postura mais aberta que a de Jair Bolsonaro ao multilateralismo e à Organização das Nações Unidas (ONU).

O Brasil abriga atualmente cerca de 65 mil refugiados, mas, considerando solicitantes de refúgio e pessoas cobertas por outros mecanismos de proteção, a cifra chega a quase meio milhão de indivíduos. “É um número que, infelizmente, continuará aumentando”.

“O acesso ao trabalho é fundamental”, salienta Davide Torzilli. Ele acrescentou que o Brasil é “uma terra onde as possibilidades de integração são reais”. E foi devidamente educado: “Não quero fazer comparações porque, como Nações Unidas, trabalhamos com todos os governos”, finalizou o italiano Davide Torzilli.

Para registro, vale repetir que a Organização das Nações Unidas, ou simplesmente Nações Unidas, é uma organização intergovernamental criada para promover a cooperação internacional.

Mudando de assunto... O ex-vice-presidente da República Hamilton Mourão (Republicanos–RS) comentou sobre o caso das joias da Michelle Bolsonaro, avaliadas em nada menos que R$ 16,5 milhões, que teriam sido um presente de um príncipe da Arábia Saudita.

O general Mourão disse temer que sobre para algum militar “porque a corda sempre arrebenta para o lado mais fraco”. O grande temor é este no meio militar, e deve estar na cabeça do Bento Albuquerque. Vai sobrar para ele.

Estão envolvidos no caso o ex–ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque e o seu assessor, o sargento Marcos André dos Santos Soeiro, que estavam em uma comitiva no país árabe quando tentaram entrar no Brasil com o conjunto de brincos e colar.

O senador Hamilton Mourão também foi questionado sobre a postura do seu colega o ex–presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL), mas se limitou a dizer que “é um caso complicado”.

Dia de Marielle

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), encaminhou, ontem, ao Congresso Nacional o texto do projeto de lei que cria o Dia Nacional Marielle Franco, a ser comemorado em 14 de março, data em que a vereadora do Rio de Janeiro foi assassinada em 2018. A mensagem de Lula ao Congresso foi publicada ontem no Diário Oficial da União. Marielle e o motorista Anderson Gomes foram assassinados na região central do Rio de Janeiro. Eles saíam de um evento quando um carro emboscou o veículo em que eles estavam e 14 tiros foram disparados.

Pensão a crianças 1

A Câmara dos Deputados aprovou, ontem, uma proposta que garante uma pensão às crianças e adolescentes cujas mães foram vítimas de feminicídio. O projeto é de autoria das deputadas Benedita da Silva (PT–RJ), Erika Kokay (PT–DF), Gleisi Hoffmann (PT–PR), Luizianne Lins (PT–CE), Maria do Rosário (PT–RS), Natália Bonavides (PT–RN), Professora Rosa Neide (PT–MT) e Rejane Dias (PT–PI). O texto será analisado pelo Senado Federal. O texto estabelece que a pensão não poderá ser acumulada com benefícios recebidos do Regime Geral de Previdência Social.

Pensão a crianças 2

Pelo projeto aprovado na Câmara, o valor da pensão é de um salário mínimo e será pago até o menor de idade completar 18 anos. Maria do Rosário, que foi a relatora da lei que tipificou o feminicídio no país, em 2015, fez questão de dizer que é preciso que o país avance a ponto de o feminicídio não ser visto como algo natural. Caso, ao final do processo, o crime não seja comprovado, a pensão deverá ser encerrada.

A luz mais cara

O senador Cleitinho (Republicanos–MG) defendeu a redução das tarifas cobradas das companhias de energia. Em pronunciamento, ontem, ele destacou que, mesmo com reajuste do salário mínimo, os trabalhadores brasileiros vêm perdendo poder de compra por causa da majoração das tarifas, que têm superado a correção de seus proventos. “Sabem por quê? Porque o trabalhador só fica por conta de pagar contas e, a cada dia, elas aumentam mais. Se a gente conseguir reduzir isso, o poder de compra dele aumenta. E assim poderá fazer uma compra digna de supermercado.”

Crime de racismo

O Ministério Público Federal acionou a Câmara dos Deputados para que apure se o discurso do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) caracteriza–se como violação da ética. De acordo com a procuradora Luciana Loureiro, Nikolas Ferreira usou o tempo na tribuna para, “a pretexto de discursar sobre o Dia Internacional da Mulher, referir–se de forma desrespeitosa às mulheres em geral e ofensiva às mulheres trans em especial”. Desde 2019, a transfobia foi equiparada ao crime de racismo no país e passou a ser tratada como crime hediondo.

Pinga-fogo

Atual campeã olímpica na prova do lançamento de disco da classe F53 de cadeirantes, a paulista Beth Gomes, de 58 anos, provou mais uma vez que é o grande nome da prova. Ela alcançou a marca de 15,24 metros para ficar em primeiro lugar.

A equipe brasileira garantiu outros dois ouros em provas de velocidade. Lorraine Aguiar venceu os 100 metros da classe T12 (baixa visão) com o tempo de 13s11. Na mesma distância, mas na classe T11 cegas totais, a acreana Jerusa Geber completou a prova em 12s49.

O governador Romeu Zema (Novo) enviou, ontem, aos deputados estaduais de Minas Gerais, projetos de lei para fazer uma reforma administrativa na máquina pública estadual. O ex–deputado federal Marcelo Aro, um dos articuladores políticos de Zema, é o favorito para ocupar a Casa Civil.

O pacote de Romeu Zema pede ainda a autorização à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para a criação de duas novas pastas: a Secretaria de Estado da Casa Civil e a Secretaria de Estado de Comunicação Social.

Já que é assim, chega por hoje. FIM!
 

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