"Nenhum pai quer ter um filho homossexual. Isso é fato. Não sejamos hipócritas." Acabei de ler isso numa dessas mídias sociais, onde as pessoas adoram despejar suas frustrações. Se você não quer ter um filho homossexual, não tenha filhos. Se você não quer ter um filho com deficiência, não tenha filhos. Se você não quer ter um filho diferente do que idealizou, não tenha filhos. Se você quer um filho perfeito, não tenha filhos. Ninguém é perfeito.
Filho é uma caixinha de surpresa, que você escolhe amar do jeito que vier. Se você quer o filho ideal, guarde isso no seu desejo, e deixe lá. Não tenha um filho real. Um filho real jamais vai ser uma projeção dos pais.
Não tenha filhos se você não está disposto a aceitar o pacote completo. Se você não está disposto a lidar com a frustração de conhecer uma pessoa diferente da que você idealizou.
Não tenha filhos se você não estiver disposto a mudar de ideia, a se abrir para o mundo e para a diversidade. Não tenha filhos se você não quer enxergar que pode estar errado. Não tenha filhos se você acha que é o dono da verdade.
Não tenha filhos se você tem medo que ele conheça verdades diferentes das suas. Não tenha filhos se você não aceita que o mundo muda, e que a mudança é para melhor.
Não tenha filhos se você não respeita as pessoas. Não tenha filhos se você não está preparado para cuidar de alguém sem querer nada em troca.
Filhos ajudam você a mudar a perspectiva. Tiram você da zona de conforto. Filhos te sacodem, te movem, te obrigam a se reinventar e a descobrir coisas dentro de si que você tinha medo de mostrar para o mundo.
Não tenha filhos se você não está disposto a mudar. Não tenha filhos se seu filho não puder ser quem ele é.