Coração de mãe sabe das coisas. Você cresceu e não faz nenhuma diferença se você andou com 11 ou 13 meses. Se você aprendeu a escreveu seu nome com 4 ou com 6 anos. Se aprendeu a ler com 5 ou com 7 anos.
Uns meses depois você estava acordando muito à noite, eu estava exausta e segui o conselho da mesma médica, usar o “Nana, nenê”. Aquilo era o oposto do que eu queria fazer, mas eu apenas obedeci sem questionar.
Mas eu fui com as outras. Era difícil raciocinar ou questionar quem “sabia mais que eu”. Na sala da pediatra era sempre só nós três, você, ela e eu.
Mais uma vez éramos três, você, ela e eu. Eu não tive escolha. Até contratei advogado para tentar uma liminar para você não precisar repetir, mas aquela conversa me fez desistir de brigar.
Eu e muitas outras estávamos padecendo no paraíso. E quando pudemos compartilhar nossas alegrias e nossas dores, dividir aquele peso, as coisas foram ficando mais fáceis.
Que temos um sexto sentido e uma conexão com nossos filhos que ninguém mais tem. Muitas vezes precisamos tampar os ouvidos para ouvir o que diz o nosso coração.