A menina pula a corda sozinha. 1, 2, 3, 4...
As crianças se juntam para bater a corda para a menina.
A corda das brincadeiras infantis.
As cantigas que acompanham as brincadeiras com a corda.
“Um homem bateu em minha porta
E eu a-bri
Senhoras e senhores
Põe a mão no chão
Senhoras e senhores
Pulem em um pé só
Senhoras e senhores
Deem uma rodadinha
E vá pro olho da rua”
A corda do cabo de guerra.
Dois times, cada um numa extremidade da corda.
Dois times, dois extremos.
Cada time quer que o outro caia.
Dois times, o passado e o futuro.
O passado nunca vence, nem misturando os times.
Nem colocando os mais fortes no time do passado.
O futuro vem atropelando.
A corda se estica.
Brincadeira do equilíbrio.
O menino vai de um extremo ao outro.
O menino se equilibra no meio do caminho.
A corda esticada vira cerca.
As crianças têm que passar por baixo sem encostar na corda.
A corda baixa a cada rodada.
O esforço cada vez maior para ultrapassar a cerca.
O prêmio está do lado de lá.
Ganha quem supera os maiores desafios.
A corda no jogo do gato e o rato.
Duas crianças batem a corda.
A menina é o rato.
A menina pula a corda.
Do lado de fora da corda está o gato, o menino.
O rato sai para dar uma volta, começa a perseguição.
A dupla que bate corda não pode parar.
O rato está só a salvo quando está pulando a corda.
A corda gira.
Vira a brincadeira do relógio.
O relógio não para.
As crianças pulam para não ser atropeladas pela corda.
A corda é o tempo.
O tempo que passa cada vez mais rápido.
Acabou a brincadeira de criança.
A corda do cabo de guerra.
Guerra de adultos.
Dois times, cada um numa extremidade da corda.
Dois times, dois extremos.
Cada time quer que o outro caia.
Dois times, o passado e o futuro.
O passado, notando que não vai ganhar, larga a corda.
Larga a corda e pega a arma.
Quer matar o futuro para não abandonar o passado.
O futuro vem atropelando.
A corda volta a ser relógio.
O relógio gira e derruba o passado.
As armas caem no chão.
A corda é o tempo.
O tempo que passa cada vez mais rápido.
Mas a corda, apegada ao passado,
não quer mais saber de brincar.
A corda dá um nó.
A corda no pescoço.
Cuidado com a corda.
Cuidado, a corda!
Acorda!