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A curiosidade salvou o menino

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Hoje vou emprestar este espaço para meu filho. Em casa, desde pequenino, sempre contei histórias para ele, o pai sempre lia para ele. Nós sempre valorizamos a leitura e conseguimos passar o gosto por livros para o nosso filho.




 
Essa semana, Felipe me entregou uma redação que fez no colégio falando sobre esse processo.
Segue o texto dele, que me deu esse quentinho no coração. Num país que não valoriza a leitura, nem a cultura, nós conseguimos ir contra a corrente.
 
“Uma vez, senti muita nostalgia ao tirar o pó dos meus livros e pensei na minha vida e como os livros me marcaram. Lembro-me de quando meus pais liam para mim uma série de livros e diziam: ‘Só um capítulo por noite’.  Eu achava que ler era tedioso e difícil, mas a curiosidade me obrigou a ler o próximo capítulo e o próximo sempre que possível.  Quando vi, tinha terminado um livro e ia para o próximo.
 
Tive muitas boas memórias lendo meus livros no intervalo da aula de herbologia e a de poções,  em um mundo mágico onde bruxos voavam em vassouras. 
 
Experimentei e senti muitas coisas com os livros, emoções como alívio de ver o herói fugindo da morte,  montado em um dragão,  no último segundo. Chorei ao ver o protagonista sentindo remorso,  e se sacrificando para salvar aquilo que valia a pena, e tornar o mundo um lugar melhor.  Senti sensações indescritíveis enquanto virava as páginas de um livro sentindo seu cheiro.
 
Livros ensinam, te fazem rir, chorar, amar.  Eles te contam o que você sente. Cada vez que você lê, as sensações são diferentes e únicas, você muda junto com os livros. Os livros te fazem ser uma melhor versão de você. 
 
Os livros foram muito importantes para mim, desde o momento em que a curiosidade me venceu e me fez começar a ler até hoje.  Eles me ajudaram a me tornar o que sou e o que sei;  eu não mudaria nada se tivesse outra chance.”

Por Felipe Lorentz