Fraudes nas cotas de gênero, nas eleições municipais de 2020, em chapas proporcionais para as 853 câmaras municipais em Minas, já levaram à cassação de 23 vereadores de 14 cidades, integrantes de 11 legendas – PSD, PRTB, PL, PV, Avante, Solidaridariedade, PDT, PSC, Podemos, PTB e PP.
Em Belo Horizonte, a chapa cassada foi a do PRTB, que elegeu Nikolas Ferreira (atualmente deputado federal no PL) em 2018 para o primeiro mandato de vereador. Com isso, Uner Augusto (PRTB), que havia assumido a cadeira de Nikolas, ficou sem mandato. Entre as evidências da burla à cota de gênero: as quatro candidatas fictícias lançadas tiveram seis, cinco, um e zero votos – portanto, em um dos casos, nem mesmo a própria candidata votou em si.
Ao anular a chapa do PRTB, a recontagem de votos atribuiu uma cadeira mais ao Pros, hoje com dois vereadores na Câmara Municipal: César Gordin da Galoucura e Wesley da Autoescola. Contudo, ambos estão com o mandado em risco, pelo mesmo motivo. Embora o autor da ação, Edmar Branco (ex-PSB, atualmente no PSD) tenha desistido, a questão já está com o Ministério Público Federal. Ação que segue.
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