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Ao se desfiliar do PSB, Rodrigo Célio de Castro, filho do ex-prefeito Célio de Castro (1932-2008), deixou registrada, em nota oficial, a crítica ao deputado estadual Noraldino Júnior, que, egresso do PSC, assumiu a presidência da legenda em Minas.



“Desconfiguração ideológica do PSB no estado” e “a negativa de diálogo do novo presidente” motivaram o seu afastamento.

Mário Assad Júnior, ex-presidente estadual do PSB e Rodrigo Célio de Castro acusam Noraldino Júnior de ter apoiado a tentativa de reeleição de Jair Bolsonaro (PL).

Musculatura

Paulo Brant, que foi vice-governador no primeiro mandato de Romeu Zema (Novo) e é pré-candidato do PSB à Prefeitura de Belo Horizonte, afirma que as mudanças na direção da legenda em Minas são resultado de um movimento nacional. “O PSB, como outros partidos, por causa da cláusula de barreira, vive um momento difícil. Não elegeu nenhum deputado federal por Minas em 2022. E daqui para frente, se pretende se manter como partido independente, vai ter que ganhar musculatura do ponto de vista parlamentar”, avalia Paulo Brant.

Dilema

Como o  critério de cálculo dos fundos partidários e eleitoral se baseia no número de deputados federais eleitos, as legendas relegam todas as outras eleições a um segundo plano. “Os partidos pequenos e médios só privilegiam as eleições para a Câmara dos Deputados. Para a democracia é muito ruim”, afirma Paulo Brant. “A maioria não quer lançar candidatura majoritária. Prefere eleger deputado federal e se aliar ao governo, gravitando em torno do ocupante do Planalto de plantão”, observou.





Cenário indefinido

A sucessão à PBH está, na avaliação de Paulo Brant, indefinida. “Não temos a menor ideia de qual será o contexto da eleição. Podemos fazer especulações, mas a natureza da eleição daqui a um ano, ainda é desconhecida”, diz, considerando que em princípio haverá muitos pré-candidatos, mas que, a partir de meados de 2024, os partidos vão dialogar e, com as alianças, o número de candidatos vai diminuir.


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