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Nas eleições para o CREA-MG, mais um teste para o bolsonarismo

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Derrotada nas urnas para a Presidência da República, a extrema direita segue mobilizada para levar a guerra cultural a todos os espaços possíveis da sociedade brasileira. Por ocasião das eleições dos conselhos tutelares, em todo o país, articulada especialmente com igrejas neopentecostais, foram disputas duras por cada cadeira, inclusive em Belo Horizonte, onde as eleições acabaram anuladas por problemas na operacionalização do pleito.



Com uma pauta de costumes distorcida, as temáticas que arrancaram eleitores vinculados a algumas igrejas, bem intencionados, mas nem sempre devidamente esclarecidos, tratavam de uso de “banheiros”, “identidade de gênero”, entre outras narrativas já rotineiras.

Não está sendo diferente nas eleições para o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) e o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-MG). A extrema direita quer também marcar ponto nesses conselhos de classe.

Se até então a participação de políticos, em geral, limitava-se àqueles com formação na área de engenharia ou agronomia, envolvendo apoio a um ou outro candidato; desta vez, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), capitão do exército sem tradição na área, já está em vídeo, em campanha por candidatos nos estados, inclusive em Minas.



A diferença em relação às eleições dos conselhos tutelares é que, nessa disputa marcada para 17 de novembro, em voto online, a pauta de costumes, até onde se sabe, tende a ter menor adesão.

Vai ser interessante observar se engenheiros e agrônomos, ao decidir o voto, tenderão mais ao apelo ideológico ou às questões efetivamente que afetam as respectivas classes profissionais.

Leia também na coluna da Bertha de hoje:

Corregedoria geral

O subcorregedor geral do Ministério Público de Minas Gerais, Mário Drummond, irá assumir, na próxima terça-feira, a Corregedoria Geral do Ministério Público de Minas Gerais. Mário Drummond, decano, exercerá a função por um mês e meio, em substituição a Marco Antônio Lopes de Almeida, que renunciará para concorrer à nova eleição ao cargo, em 11 de dezembro. Será um pleito sem briga: a candidatura é única.