Jornal Estado de Minas

NOS BASTIDORES DA POLÍTICA MINEIRA

Entre golpes e contragolpes, hoje, seria uma cassação difícil

Conteúdo para Assinantes

Continue lendo o conteúdo para assinantes do Estado de Minas Digital no seu computador e smartphone.

Estado de Minas Digital

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Experimente 15 dias grátis

Os especialistas em esgrima gostam de dizer que a alma do jogo está em fazer o adversário errar o tempo. A partida existe, afirmam, desde que em algum momento da história, uma pessoa agarrou um toco para o ataque, o contra-ataque e a defesa de seus interesses. Substitua o toco pela ação da palavra. Largue a espada, sabre ou florete pelas alianças. Eis o mundo da política. O tempo dita o resultado. 





Sem que até hoje tenha conseguido remover Gabriel Azevedo (sem partido) da presidência da Câmara Municipal – cargo em que controla o instrumental afiado de incentivos aos seus aliados –, está cada vez mais difícil para Marcelo Aro (PP), secretário de Estado da Casa Civil, anunciar o toque da vitória. Embora ainda seja incerto o desfecho do confronto entre os dois antigos aliados de fé, hoje, Gabriel Azevedo não seria cassado. Exceção às duas bancadas envolvidas no embate – de um lado o grupo dos 13 de Gabriel e, do outro, a “família” de nove, de Aro –, é crescente o sentimento entre alguns vereadores de que nada têm a ganhar em se envolver neste jogo.

A começar porque compreendem que Gabriel Azevedo usou Marcelo Aro para derrotar o prefeito Fuad Noman (PSD) na eleição para a presidência da Câmara. Por seu turno, Aro, estimulando a oposição dura – e às vezes desleal – de Gabriel contra o prefeito, colocou o bode na sala. Depois levou a solução, dando ao prefeito, com a sua bancada de nove, maioria em plenário.

Além disso, raciocinam os vereadores, caso a cabeça de Gabriel role, Aro se fortaleceria ao ponto de interferir, inclusive, nas composições das chapas eleitorais dos respectivos partidos políticos, para beneficiar a reeleição de seu próprio grupo. Mas se Gabriel se mantiver no cargo, bom não terá sido se indispor em vão com o voto pela cassação. Por isso, alguns vereadores da base do prefeito prefeririam cuidar das próprias campanhas. Planejam explicar ao prefeito, que caso percebam que Aro não alcançará o quórum de 28 votos para decapitá-lo, prefeririam se abster. É um raciocínio contraproducente para Marcelo Aro. Até aqui, o tempo não está lhe favorecendo.




 

Leia também na coluna da Bertha de hoje 

Maternidade... e DNA
 
Pior acordo
 
Senta e negocia 
 
Ano gordo