Jornal Estado de Minas

CARLOS STARLING

Carta a um falso Messias



Caro Messias,

Você perdeu. Perdeu para você mesmo. Perdeu para seu despreparo, ignorância, arrogância, machismo, misoginia, falta de empatia, e, fundamentalmente, para sua incompetência para governar um país tão maravilhoso quanto o Brasil.



Você não merece o Brasil e o Brasil não precisa de você.

As urnas que você tanto criticou te sepultaram democraticamente. Sem choro nem vela.

Os mortos, aqueles que você se recusou a vacinar, sepultar e chorar, hoje vieram te assombrar.

Se souber fazer conta, verá que os quase 700 mil mortos, multiplicados pela média de familiares que por eles choraram, ressuscitaram, saíram de seus sepulcros e se tornaram os seus coveiros. 

Messias, com a vida não se brinca e da morte não se zomba.
O povo não perdoa quem o trai. Você mentiu, enganou e negou carinho ao povo que lhe confiou o destino.

Sua especialidade, a rachadinha, dividiu o país, as famílias, os amigos, e colocou em risco nossos princípios democráticos. Pecado capital!

Suas metástases cancroides, Erínias (personificações da vingança, na mitologia grega) e zumbis, sem você, têm cura, assim como aqueles que você enganou, seduziu e hipnotizou. 

Com a música das urnas, conte até 61 e recolha-se à sua insignificância parlamentar e histórica.

Messias, o Brasil tem futuro. Você não tem cura. Caso perdido.
Damos Graças a Deus!