Me perdoe caro(a) leitor(a), mas hoje terei que ser escatológico. Se você tem estômago fraco, encerre a leitura desse texto por aqui.
Antes de tudo, temos que conceituar o termo escatológico, que tem significados distintos.
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O TumorRampa dos invisíveisPeléPós-pandemia?! Será?!!As joias das arábiasOs zumbisOs sete prazeres capitaisSr. DiA palavra escatologia, na língua portuguesa, ainda pode significar o ato de analisar excrementos (fezes), sendo um sinônimo de cropologia, nome dado ao ramo da medicina destinado aos exames laboratoriais de dejetos humanos, especificamente as fezes.
Assumindo um sentido figurado, esse termo ainda pode estar relacionado ao gosto de certos indivíduos por conteúdos obscenos ou sórdidos.
A resposta para a enorme distinção entre os significados de ambos os termos pode ser encontrada nas raízes etimológicas das palavras.
Escatologia, no sentido de "teoria acerca das últimas coisas que vão acontecer no fim da humanidade", surgiu a partir do grego éskhatos, que significa "extremo" ou "último", que, agregado ao sufixo logia (estudo), forma o significado literal de "estudo das últimas coisas".
Porém, a palavra escatologia, no sentido de "gosto por excrementos", se originou do termo grego skatós, que quer dizer "excremento". No popular, merda.
Merda, por sua vez, também tem significados diferentes. No teatro, por exemplo, significa sucesso. Desejar merda para um ator é carinho, sorte e sucesso.
Porém, o significado mais comum, é esse mesmo que você está pensando. Fez merda, fez cagada, fudeu. Difícil consertar a merda feita.
O que poucos sabem, entretanto, é que merda deixa rastro, independentemente de sua consistência. Rastros úteis e inúteis.
Do ponto de vista epidemiológico, o estudo do esgoto sanitário é hoje uma estratégia importantíssima de se conhecer a carga de doença de uma comunidade. O monitoramento das ETES (Estação de Tratamento Esgoto Sanitário) nos permite, por exemplo, estimar a incidência de COVID-19 em uma cidade ou região.
Além do monitoramento de epidemias, podemos acompanhar a incidência de doenças crônicas, consumo de drogas e hábitos de uma determinada comunidade.
Outra enorme utilidade da análise das fezes é na identificação de vermes, parasitas (clássico EPF) e criminosos.
O crime compensa?! Pergunta fundamental nesse momento em que golpistas invadiram e depredaram os prédios dos três poderes em Brasília.
Primeiro, temos que responder a uma outra pergunta: - por que as pessoas cometem um crime coletivo?!
A certeza da impunidade pelo anonimato certamente é um dos motivos.
Entretanto, multidão não tem rosto, mas tem merda! Merda no intestino e no cérebro.
Merda tem DNA, consequentemente, tem também CPF, CI, CRM, CRO, CREA, etc. Merda, portanto, em tempos de biologia molecular, tem cara, nome, sobrenome, endereço e CEP.
Criminosos e narcisistas, além de merda na cabeça, que os leva a fazer selfies na cena do crime e postarem em redes sociais, demonstraram todo seu desprezo pela constituição, pela democracia e pelos símbolos mais caros do nosso país.
A situação foi de tal monta absurda e repugnante, que até os termos gregos "éskhatos" e "skatós", se transformaram em sinônimo e se complementaram numa expressão jamais vista: extrema merda, ou merda extrema, como queiram.
Enquanto o inútil gás de pimenta fazia arder a democracia no planalto, o autor da "skatós mor" se obstipava na Flórida. Ao flatular em redes sociais, o que fez ao longo de quatro anos, tratou logo de dar descarga. Era tarde demais. Merda feita, merda gravada, self auto condenatória.
Certamente não é o fim dos tempos. Pelo contrário, se alguém tinha dúvida das intenções golpistas e anti-democráticas do Messias e seus "patriotas" seguidores, agora ficou evidente. "Latrinagem" de porta aberta, obscena e sórdida, escancarada ao mundo.
*Se você achou esse um texto de merda, concordo! Jamais gostaria de tê-lo escrito. Simplesmente delete. Mas, jamais apague da memória o dia em que golpistas travestidos de patriotas, revelaram a sua verdadeira identidade fascista e ditatorial. Merda histórica.