As diversas patologias envolvendo a saúde mental ainda são desconhecidas da maior parte da população e, infelizmente, uma “crise sensorial” é uma expressão que você também não deve conhecer. Por outro lado, o “Transtorno de Processamento Sensorial” (TPS) se tornou conhecido para milhares de brasileiros, felizmente, depois que a badalada atriz e apresentadora, Giovanna Ewbank, divulgou o diagnóstico de seu filho, Bless, 8 anos, em uma entrevista para um podcast, sobre essa síndrome. A verdade é que o problema é pouco conhecido e ainda é tratado de forma preconceituosa, pois a crise infantil é rotulada de “preguiça” ou “frescura” por pais e familiares.
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Pais e educadores pode ficar atento para identificar o problema quando observar as seguintes situações entre as crianças: Medo de brincadeiras em balanços; Incômodo com a claridade; nsia de vômito para comidas com texturas diferentes do que estão acostumadas; Pouca habilidade motora; Dificuldade de andar descalço, em local com areia; Dificuldade de molhar a cabeça no banho; Problemas comportamentais. O cotidiano dos portadores desse transtorno ainda pode ser agitado ou sempre sentirem necessidade de estarem em movimento, parecer desajeitadas ou sem equilíbrio, se recusarem a comer certos alimentos por conta da mastigação, demonstrarem hipersensibilidade à luz, não gostarem de serem tocadas ou de sujarem as mãos, se sentirem desconfortáveis com determinados movimentos e apresentarem dificuldades para aprender coisas, como subir e descer escadas e, até mesmo, se acalmarem após atividades.
Os motivos ainda são desconhecidos e, é importante alertar que acomete crianças e adultos e, até mesmo, afeta um ou mais sentidos, ao mesmo tempo, como no caso de Bless. Os problemas com a visão costumam ser os mais comuns, principalmente, entre indivíduos com o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA). É isso mesmo, pois, lamentavelmente, a relação entre transtorno do processamento sensorial e autismo é bastante intensa. Muitas vezes, o TPS está relacionado com um dos sintomas do autismo, afinal, é comum crianças autistas com dificuldade na resposta sensorial Às vezes, os profissionais da saúde mental estão tão acostumados com os diagnósticos mais corriqueiros da psicologia que acabam fechando o leque para diversos outros problemas.
O alerta está no fato de ser essencial manter um bom convívio social. Vale destacar que o diagnóstico requer uma ação conjunta, começando numa conversa com pais e professores sobre o comportamento e desenvolvimento infantil. Os testes e questionários específicos também auxiliam durante a avaliação, pois são fundamentados e comprovados por pesquisas científicas Os transtornos sensoriais apresentam diversos tipos de características, classificações e categorias. Alguns exemplos são a modulação sensorial, quando o sujeito, sequer, sabe como classificar uma dor e, até mesmo, os motores com base sensorial, que causam a dificuldade de absorver as informações do próprio corpo.
A situação apenas reforça a importância da identificação precisa, possibilitando um tratamento mais assertivo com um terapeuta ocupacional, associado à uma prática de Terapia Cognitiva Comportamental (TCC), auxiliando nos sintomas relacionados, como depressão e isolamento. Se os aspectos forem mais acentuados, um fisioterapeuta, psicomotricista e, até mesmo, um fisiatra podem ser necessários. A percepção do comportamento das pessoas é crucial. Uma condição neurológica é complexa, envolvendo o funcionamento do corpo e, muitas vezes, fora de controle, sendo importante, nunca julgar ou fazer de suas ações, uma chacota, evitando restringir os sintomas, mas, sim, analisá-los e, se necessário, buscar um atendimento especializado.