O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima mais de 73 mil casos de câncer de mama entre brasileiros, durante o triênio 2023 a 2025. O mês de outubro com a campanha "Outubro Rosa" é sempre uma ação essencial de conscientização para prevenção e diagnóstico precoce da doença, alertando as mulheres, principais acometidas, sobre a realização anual da mamografia, a partir dos 40 anos, conforme orientações da presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia - Regional Minas Gerais (SBMMG), Bárbara Pace, em entrevistas. A verdade é que, muitas vezes, a característica do tumor desperta comoção, medo e fragilidade nas famílias e, para elas, o câncer de mama também afeta diretamente, o símbolo da feminilidade e maternidade. Apesar de ser uma situação desafiadora, que consome o cotidiano delas, juntamente com os familiares, a pessoa precisa cuidar de sua saúde mental e encontrar um equilíbrio entre a preocupação com o tratamento e as ações diárias. Neste período, é necessário buscar todo o seu eu, em um processo de conhecimento, visando significado para a existência com a realização de sonhos e viver pela vida, não pela doença. Deve-se também pensar na acolhida, situação crucial, desde a descoberta do diagnóstico. Afinal, lamentavelmente, os dados da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) apontam, uma triste realidade no país com 70% das pacientes oncológicas, sendo abandonadas pelos companheiros, acreditando não darem conta de lidar com a situação, fase em que amigos e familiares também podem se afastar. A situação pode se tornar ainda mais complexa para as mulheres com câncer, pois, além do medo, ainda precisará lidar com as dolorosas sensações de traição e desamparo. Entretanto, por outro lado, a situação também pode ser vista como uma libertação, já que pessoas assim, não são boas para estarem ao lado de ninguém. O câncer de mama é considerado o segundo mais incidente no Brasil e o mais letal, sendo que, por muitos anos, até falar sobre o tema era algo praticamente proibido. Todavia, por mais que ainda seja algo assustador, a evolução tecnológica experienciada nas últimas décadas permitiu, mais do que nunca, a reversão da condição. Contudo, para isso, é fundamental as mulheres terem cuidado com a saúde; conhecer suas mamas, fazer o autoexame, lembrando que, conforme Bárbara Pace (o autoexame não exclui a mamografia anual) e deve-se fazer os exames anuais, de acordo com a idade. Vale lembrar que a principal forma de prevenção para evitar a descoberta do problema em um estágio mais avançado é a mamografia. O alerta é sempre não deixar para depois. Todos devem entrar na luta contra o câncer e buscar sempre ser um aspecto positivo no cotidiano da paciente, propiciando motivação, atenção e apoio necessários para superar e atravessar um momento tão conturbado para muitas.