O OSCAR VAI PARA...
Oba! Hoje é a festa do cinema. Atores, atrizes, diretores & cia. disputam a estatueta oferecida pela academia de Hollywood. Ganhá-la é a glória. O Oscar na mão abre portas, multiplica os convites, engorda a conta bancária. Explica-se, assim, a curiosidade pela origem do nome.
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Ser chamado de medíocre? É ofensa. Ordinário não fica atrásApós bombardeio, emocionados, repórteres tropeçaram na expressão dar à luzGuerra na Ucrânia: 'Se dependesse de Bolsonaro, Brasil teria se...'Há dengues e dengues. Qual a diferença?'Matamos o tempo, o tempo nos enterra', escreveu Machado de AssisPLURAL
Há quem ambicione receber a estatueta mais de uma vez. Vale, pois, a questão: Oscar tem plural? Tem. É Oscars.
ENGENHO E ARTE
Que tal um cineminha? Pra lá de legal, não? A fim de tornar o programa perfeito, uma condição se impõe: tratar o verbo assistir com engenho e arte. O trissílabo tem manhas. Pode ou não ser acompanhado de preposição:
Assistir, soltinho, sem preposição, significa prestar assistência, ajudar, socorrer: O médico assiste os doentes. O governo assistiu os desabrigados de Petrópolis. A ONG assistirá crianças vulneráveis.
Assistir a quer dizer comparecer ou presenciar: Duzentas pessoas assistiram à posse do novo ministro. Os alunos assistiram ao documentário em silêncio. Você vai assistir à estreia da peça? Assisto a tudo.
SUPERDICA
Na acepção de presenciar ou comparecer, assistir rejeita o lhe. Se precisar empregar o pronome, use a ele, a ela: Fui ao cinema ver o filme Mães paralelas. Os presentes assistiram a ele com interesse.
PAIXÃO
O filo- de cinéfilo é o mesmo filo que aparece em bibliófilo e filósofo. O primeiro morre de paixão pelos livros. O segundo, pela sabedoria. O cinéfilo é amante do cinema. Uma coisa é certa. Uns e outros são criaturas de extremo bom gosto.
MENOR ESFORÇO
Cinema já foi cinematógrafo. Imagine a cena:
– Maria, vamos ao cinematógrafo?
Valha-nos, Deus! Não há romantismo que suporte. Melhor apelar para a lei do menor esforço. Ela é tão forte que, ao contrário de muitas leis que não pegam, pegou. A grandona virou cinema, que virou cine. Viva!
PRÊMIO
O verbo que não sai da boca de astros, estrelas e cinéfilos? É premiar. Natural que pinte a dúvida – como flexioná-lo? Ele se conjuga como sediar: eu sedio (premio), ele sedia (premia), nós sediamos (premiamos), eles sediam (premiam); eu sediei (premiei), ele sediou (premiou), nós sediamos (premiamos), eles sediaram (premiaram); eu sediava (premiava), ele sediava (premiava), nós sediávamos (premiávamos), eles sediavam (premiavam); sediando (premiando); sediado (premiado). E por aí vai.
LEITOR PERGUNTA
Quando preciso citar a grande cidade norte-americana, sempre escrevo New York ou Nova Iorque, jamais Nova York. Ou escrevo em inglês ou em português. Acho errado misturar. Peço sua opinião.
José Luiz Carbone, Santos
Não há uma regra que obrigue a grafar o nome de cidade estrangeira desta ou daquela maneira. As agências internacionais costumam ser seguidas pela imprensa. Quando há várias opções, os manuais de redação orientam os jornais a forma a ser usada.