“Acordei com uma enxaqueca hoje”. Quem já ouviu a frase ou até mesmo falou? É comum escutarmos o termo enxaqueca como referência à intensidade da dor de cabeça, mas é importante saber que “enxaqueca” é, na verdade, um diagnóstico médico para quadros de dor cabeça ou de maneira mais técnica cefaleia.
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O que fazer para não 'morrer de calor', literalmente Grávida na pandemia? Os cuidados que não devem ser deixados para depoisOs riscos de se transformar a doença em um espetáculoÉ fundamental tentar perceber os sintomas e entender o que está sentindo para, assim, conseguir realizar o tratamento mais adequado. Se eu contar que há inclusive dores de cabeça associadas ao uso de medicamentos contra a dor de cabeça vocês começam a entender o quanto a saúde pode se desdobrar em situações extremamente complexas, mesmo que aos olhos destreinados pareça leve.
A famosa enxaqueca é caracterizada por dor pulsátil, geralmente acomete somente um dos lados do crânio, e pode ser de intensidade moderada a forte, porém nem sempre incapacitante. Associado às dores geralmente há náuseas, vômitos, desconforto geral e intolerância a luz. Quadros como estes podem durar de quatro e até 72 horas e, infelizmente, não respondem bem aos analgésicos comuns.
O termo Aura é muito conhecido entre os portadores de enxaqueca. Aura é uma alteração visual em que o indivíduo enxerga pontos pretos (escotomas), brilhantes (cintilações) ou espectros de imagens (espectros de fortificações). Não é raro de encontrar alterações na fala, formigamento dos membros, fraqueza, dormência que afetam um dos lados do corpo. Alguns pacientes afirmam que muitas vezes a aura precede as crises de dor de cabeça.
A Dor em Salvas é mais comum em homens. Com forte intensidade, incapacita e dura em torno de 15 minutos mas pode estender até três horas. São recorrentes e associadas a quadros faciais como coriza, lacrimejamento, suor e edema de face. É possível identificar fatores precipitadores de crises e evitá-los.
A Dor Tensional é a mais comum, geralmente acomete toda a cabeça e tem intensidade moderada, podendo durar até sete dias e responde a analgésicos. Como a cefaleia tensional é muitas vezes intensificada devido a um fator específico, um gatilho, é comum sintomas de dor muscular, tensão em ombros e pescoço e devido a isso respondem bem a anti-inflamatórios e relaxantes musculares.
Quando estes quadros se prolongam ganham a classificação de crônico. Devemos ficar atentos e procurar ajuda profissional para o manejo das dores, pois além do quadro essencial de cefaleia, também é possível que seja um sinal de alerta para outros quadros mais graves.
O tratamento para dores de cabeça não é somente medicamentoso, é necessário conhecer a dor, esclarecer as causas e fatores de piora e melhora. O acompanhamento é fundamental, e as medidas não medicamentosas de estilo de vida e rotina são essenciais. A regra de dormir bem, planejar o tempo, realizar atividade física e manter o equilíbrio da mente também é válida e bem vinda nestas situações. Todo desequilíbrio tem suas consequências.
Cuide-se e não tolere dor de cabeça, busque ajuda.
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