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Você lembra da dengue?

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A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, conhecida também como febre quebra ossos. Muito comum no verão, pode apresentar sintomas de febre, dor e manchas no corpo, dor nos olhos e coceira. As apresentações mais graves podem causar hemorragias e, até mesmo, levar à morte.



O tratamento é inespecífico, temos como alvo tratar os sintomas e, aqui, um alerta importante: evitem o uso de antiinflamatórios e outras drogas que possam contribuir para respostas hemorrágicas, provocando casos graves da doença. Há uma vacina aprovada, mas com sua eficácia e uso restritos, e há também uma vacina em pesquisa pelo Instituto Butantan em fase avançada de ensaio clínico, mas ainda não há um tratamento específico para combater o vírus.

Na última quarta feira, dia 6 de outubro, foi publicada na renomada revista Nature um estudo que nos encheu de esperança. Pesquisadores da Escola de Saúde Pública da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos EUA, apresentaram dados sobre o uso de um composto chamado de JNJ-A07 com boa resposta no ataque ao vírus da dengue. O estudo ainda é em animais e controlado em laboratório, porém é a base para se pensar na atuação em pessoas infectadas.

A dengue atinge 100 milhões de pessoas, em mais de 125 países todos os anos. Ainda que não seja tão letal, é uma doença que causa afastamento do trabalho, desconforto, internações e diversos outros impactos sociais. Atualmente, a principal arma que temos é a prevenção através de campanhas e ações de controle do vetor - o mosquito - controlando a sua reprodução. O tratamento proposto é a ação do JNJ-A07 no controle da atividade viral no ser vivo.



A pesquisa é conduzida pelo laboratório Johnson & Johnson, um marco para todos nós, um marco não somente do desenvolvimento científico, mas também por ser um investimento controle de doenças tropicais, características de países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos que, em geral, são negligenciadas.

A ciência e as suas descobertas alimentam um ciclo virtuoso. O conhecimento nunca será específico, ou seja, o que encontramos e desenvolvemos em um estudo científico poderá ser base e utilizado em diversas outras respostas e pesquisas em andamento, ou até mesmo que ainda não foram iniciadas.

audima