Conhecer Adélia Prado não é um dever, mas um direito. Ao longo da vida, a negação dessa sabedoria pode causar danos irreversíveis ao vivente, sob o risco de letargia poética ou, na pior das hipóteses, um vexame homérico, a nudez inesperada do rei anunciada pela sinceridade infantil. Afinal de contas, "ser coxo na vida é maldição para homem".
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Meus filhos, sejam insignificantes! ChatGPT, Sofistas e a burrice de cada dia A sabedoria entre o mercado e a rodoviária Imposto de Roubo de Renda: o Estado como inimigo da sociedade Botox e o efeito colateral: crise existencial na fila preferencialDercy e Nietzsche: quem nunca falou palavrão que atire a primeira pedraVendo casa com independência de empregada ChatGPT e DeusE não há ChatGPT que salve! De plebeu a nobre, de súdito a rei, de cidadão a Governador... Desconhecer algumas coisas não é apenas uma demonstração de ignorância, mas o anúncio de um despreparo vital. Lembro de minha mãe achando que "o estudo a coisa mais fina do mundo. Não é. A coisa mais fina do mundo é o sentimento".
E sentir não é algo que se compra com o vil metal ou se conquista por maioria de votos. A família pode ser nobre, o enriquecimento de gerações pode ser certo, a fama e o reconhecimento podem chegar por herança, mas sentimento não se herda, muito menos está disponível para download no paraíso da gestão eficiente. Gente que pensa assim gosta mesmo é de cidade administrativa. Já aqueles que nascem com essa "glândula poética do sentir" preferem as vilas contemplativas. Como bons mineiros, adoram observar "as formigas, envelhecendo em paz".
De qualquer jeito, não faço aqui nenhum julgamento. Apenas apresento a tristeza de alguém que vai morrer sem conhecer Adélia, que viveu sem saborear a doçura mineira da poesia. Conhecê-la não é uma obrigação, mas não experimentá-la é a negação de um beneficio espiritual que deveria ser garantido a todos.
No mais, Gerais... Sigamos, pois "a vida é mais tempo alegre do que triste. Melhor é ser".