Nesse folguedo celebramos a vida de uma forma honesta. Saboreando os frutos da terra, nos lembramos de nossa origem interiorana, sertaneja, rural. Nos versos de Renato Teixeira, imortalizados por Elis Regina, levantamos a cabeça ao assumir, com orgulho, o fato de construirmos uma nação "caipira, pira, pora, Nossa Senhora de Aparecida".
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De forma interdisciplinar, todas as disciplinas se encontram. A geometria das bandeirinhas, a matemática dos caixas, a história das culturas, a geografia das comunidades agrícolas, a linguagem dos povos e a ciência no preparo das comidas típicas.
A criança que cresce e entende o valor simbólico do período junino, com sua estética e sua ética, com certeza será um brasileiro melhor. Menos afetado pelo complexo de vira-lata, esses brasileirinhos irão recusar o estrangeirismo infértil que tenta plantar, em nossa terra e em nossa alma, a sensação de que só devemos valorizar o que vem "de fora".
Se a escola de seu filho(a) dá mais valor ao Halloween do que à Festa de São João, desconfie da proposta pedagógica. Para uma criança, é bem mais significativo aprender que fogueiras servem para assar batata-doce, iluminar as noites escuras e esquentar os corações, que assimilar sua utilização ao gesto de atear fogo em mulheres, erroneamente chamadas de "bruxas".