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Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

O tri do Mineiro, o bi da Libertadores e o tetra do Brasileirão

O Galo campeão devolve ao mundo o merecimento das coisas. Tamanha é a dívida dos deuses para com a gente, que não há economia capaz de explicar o fenômeno


09/04/2022 04:00

Título de tricampeão do Mineiro foi conquistado no domingo passado e amanhã começa a saga pelo tetra do Brasileirão
Título de tricampeão do Mineiro foi conquistado no domingo passado e amanhã começa a saga pelo tetra do Brasileirão (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press - 2/4/22)

O Galo campeão, vocês sabem, é a esperança de um mundo melhor. Caem as taxas de homicídio, os problemas no emprego e no casamento, cai o leite das crianças, é bem verdade, revertido para as merecidas Heinenkens das sucessivas vitórias. Cai o Crüzëirö e há de cair o presidente, porque de Jair só gostamos do nosso.

O Galo campeão devolve ao mundo o merecimento das coisas. Tamanha é a dívida dos deuses para com a gente, que não há economia capaz de explicar o fenômeno: quanto mais se paga, mais se fica devendo – se bem que algo parecido acontece na fatura do meu cartão. De toda forma, chegou a nossa hora: estamos na boca do caixa com todas as duplicatas na mão. Vais me pagar, pode chorar!

O cruzeirense achou que podia surpreender. E surpreendeu, no sentido em que perdeu como sempre e se comportou como nunca, aplaudindo a derrota no lugar de partir para as vias de fato. O capitão foi às lágrimas, se bem que de crocodilo. Ronaldo fez foto feliz com o Hulk campeão. O cruzeirense enxergou nos 3 a 1 uma luz no fim do túnel. Sacanagem informá-los de que se trata da locomotiva.

Agora o Galo é tri e, me belisca, já começo a misturar as bolas: vejo a foto no jornal e não sei mais qual taça o Rever está a levantar, se a do Mineiro que acabou de acabar ou do anterior, se do Brasileiro ou da Supercopa, se da Copa do Brasil ou do Mineiro de 2020. É o Réver levantando taça e a gente levantando copo! Ai, credo, aquele ressacão mais uma vez. Com 9 jogos em 30 dias, este será o verdadeiro abril despedaçado.

Como avisou o Goulart, quarta-feira tinha mais. Na estreia da Libertadores, o Tolima achou que podia surpreender. E surpreendeu, no sentido de perder em casa para os brasileiros pela primeira vez em sua história. Agora se danou tudo: vai começar a busca pelo bi da Liberta, 90% do cérebro ocupados pela nova obsessão, apenas 10% dedicados a coisas menos importantes, como família e trabalho.

Apesar do Palmeiras, e apesar de o futebol ser essa caixinha de cerveja, temos a faca e o queijo na mão – e vamos convir que o Mineiro é o mais preparado para lidar com esses artefatos, mais ainda se incluirmos a goiabada cascão. Vamo que vamo! Vingar 1981, vingar 2021, levantar a Libertadores, ganhar o Mundial. Prometo desde já voltar andando dos Emirados Árabes até Congonhas do Campo.

Outra grande saga se inicia amanhã no Mineirão: a busca pelo tetra do Brasileiro, porque, se tantos ganharam títulos por fax, eu também sou o campeão de 37 — o Campeão dos Campeões! A Casa Bandida do Futebol há de reconhecer.

Em 22, o Galo é o time a ser batido, não me acordem desse sonho. Lembro R10 falando na preleção, àquela altura já transformado em Ronaldinho Mineiro: “Vamo seguir fazendo nosso negocim, fechadim”. Deixe que falem do Palmeiras, outro patamar e tal. Deixe que as questões internas do Flamengo ocupem 99% do noticiário. O mineiro vende queijos e possui bancos. Dexezvim.

Desde a aparição do Goleiro de Boné, o atleticano caminha a um palmo do chão: Sampaoli, Hulk, Nacho, Arana, Everson, Alonso, Zaracho, Keno, Vargas, o único Jair que a gente respeita, e tantos outros. 21 era pra acontecer em 22, mas tendo acontecido em 21 mesmo, 22 pode ser a cereja do bolo – o primeiro ano do resto de nossas vidas. Humildade sempre, mas certos de que conosco ninguém podosco. Ao infinito e além! Vamo, Galo, pelo amor de Deus.

Obrigado aos campeões do Mineiro! Obrigado, Hulk: você é maior que Pelé e Maradona, só um tiquinho abaixo do Reinaldo! Obrigado, meu Galo querido!

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