Jornal Estado de Minas

DA ARQUIBANCADA

No Pequeno Príncipe, os fins justificam os meios. O negócio é ganhar!



A falta de jogos do Galo costuma proporcionar interregnos repletos de aflição e ansiedade, com funestas consequências para o dia a dia do atleticano patológico. É como se tivessem confiscado a receita do nosso tarja preta, o Rivotril Litrão. Difícil lidar.





Neste momento, porém, fomos salvos pelos mais recentes episódios de House of Caraglio, a série surrealista, embora documental, sobre a política brasileira. Coitado do ópio do povo perto do magnetizante desfile dos adevogados (sim, respeitem os advogados!) dos golpistas de 8 de janeiro. Rapaz, quem contrata um profissional daqueles? O Rodrigo Caetano?

Maratonei aquilo com a fissura de um craqueiro embaixo do viaduto, o que me fez esquecer o Hulk, um mero punhado de orégano diante daquela droga pesada. Mandou bem demais o roteirista com sua tragicomédia de tribunal, um drama do Didi Mocó. Meu Deus, o Brasil é uma rave dos anos 90, todo mundo loucaço enchendo a cara de água mineral!

Lá pelas tantas fomos informados de que “os fins justificam os meios”. Segundo O PEQUENO PRÍNCIPE!!! Hahahaha. Que personagem aquele adevogado, meus amigos! “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”, como diria o grande Maquiavel, motivo pelo qual eu queria mais. Ah é? Então toma um AFONSO Pilatos! Sim, ele se referia àquele do álcool gel. Ou seria uma referência ao meu amigo Pôncio Borges, criador do Projeto Sempre um Bafo?

Quem se lembra do Hulk diante da Escolinha do Professor Barroso? Que aula ele nos ofereceu a respeito do comunismo. Uma pílula de 1 minuto, o máximo que se assiste, para calar a boca daquela tia do zap. Cala a boca, Magda!!! Uma aula magda, poderíamos dizer.

De repente emerge o Xandão, nosso herói improvável, o salvador da pátria que até outro dia tava capinando lote de maconha. Eita, que esse roteirista fumou foi a poda inteira. Cada dia mais inflado, bonito, aquela beca de Vito Corleone, aquela careca do Yul Brynner e o chassi do Daronco. O Whey da juizada é outro naipe, o meu só fez sair do chassi de louva-deus pro chassi de frango, jornalista é só derrota.

Xandão é aquele que põe ordem na casa. O Leandro Donizete da parada. Já o Gilmar Mendes, esse joga pra torcida. Tô eu lá consumindo minha dose de STF, dando a minha cachimbada suprema, e o Gilmarzão da Massa me cita a Tropa dos Fura Bloqueio – a famosa Galoucura, defensora da democracia, dos frascos e comprimidos.





Aí eu num guento!  Em outros tempos houve o Brizola. Agora o mínimo a fazer é remover a estátua do Tiradentes e meter logo o Josias na Afonso Pena. Além de sua frase famosa, tipo o “hay que endurecer” do Che Guevara: “Sifudê, sô! Buceta!”. Com as vênias do raro leitor.

E aquela adevogada que chegou cheia de lamúrias, aquela vibe de cachorro caído da mudança, começou chorando e ao final mandou um “não sei o que estou fazendo aqui nessa tribuna”??? Né possível, hahahaha, o roteirista pega qualquer um que tá passando e bota pra jogo.

Tipo a gente quando contratou o Emerson Conceição. Imagina o DVD dessa adevogada! Deve ter reunido até a defesa do coentro no vinagrete, e o Aécio lá achou por bem contratá-la. Agora o estrago tá feito, pensa no recurso que esse pessoal vai redigir. Só se for flamenguista e recorrer no STJD.

E assim transcorreu o aguardo para a peleja de hoje. Melhor do que o Mito, que mata a cobra e mostra o pau, quer dizer, mete um atestado e já abre o bucho, na tora. Ufa! Hora de um detox. Chega daquela rinha em Brasília, bora pro Terreirão. O negócio é ganhar, seja lá como for. Afinal, como disse o Pequeno Príncipe, os fins justificam os meios.

E o chargista? “Zé Pequeno é o caralho! Aqui é Maquiavel.” Hahahaha.