Édson Arantes do Nascimento, o Pelé, o Rei do Futebol partiu. Vestiu a camisa do Cruzeiro uma única vez em toda a sua vida. Mesmo com essa passagem excepcional, transformou-se no mais importante jogador adversário da história de 102 anos do maior clube de Minas Gerais.
A imagem do menino preto de Três Corações com o manto sagrado, ainda no tom real do azul do Cruzeiro – o celeste e não esse azul escuro de hoje, com as cinco estrelas bordadas e o calção de pano branco está imortalizada em uma foto emoldurada na galeria de troféus do clube.
Joanita Silva, guardiã da história de conquistas do Palestra/Cruzeiro, mantém essa relíquia emoldurada e carinhosamente acomodada na prateleira repleta de taças.
A imagem do menino preto de Três Corações com o manto sagrado, ainda no tom real do azul do Cruzeiro – o celeste e não esse azul escuro de hoje, com as cinco estrelas bordadas e o calção de pano branco está imortalizada em uma foto emoldurada na galeria de troféus do clube.
Joanita Silva, guardiã da história de conquistas do Palestra/Cruzeiro, mantém essa relíquia emoldurada e carinhosamente acomodada na prateleira repleta de taças.
A foto não diz respeito a uma partida. Pelé não jogou pelo Cruzeiro. Trata-se de uma peça publicitária produzida para um comercial em jornais e revistas.
Apesar disso, o Rei do Futebol, sepultado ontem, em Santos, indiretamente está ligado à nossa história em vários momentos e, talvez por isso, mereça sim essa honraria de estar por entre nossos troféus.
Um desses episódios, sem muita importância para a história do futebol cruzeirense ou mundial, é muito forte em minha memória de torcedor alucinado por tudo que vem do Cruzeiro. Aconteceu em 31 de outubro de 1990, quando ainda na minha cidade, Mariana, assisti pela TV a partida comemorativa aos 50 anos de idade de Pelé. Seleção
Brasileira contra um Combinado do Resto do Mundo.
A peleja tinha craques incríveis como o holandês Van Basten, os uruguaios Francescoli e De León, o romeno Hagi, o búlgaro Stoichkov, o camaronês Roger Milla, os brasileiros Alemão e Careca e o alemão Beckenbauer como técnico, mas os meus olhos ficaram vidrados na jovem dupla titular da zaga brasileira: os meninos cruzeirenses Paulão e Adílson. Para mim, eram os dois e Pelé. O resto era um completo nada.
Mas passagem mais importante de Pelé na história do Cruzeiro, sem sombra de dúvida, foi mesmo a final da Taça Brasil de 1966. Vencer da forma épica como ganhamos - e goleamos - o "Santos de Pelé" nos elevou à condição de um time conhecido mundialmente.
Fosse outro adversário, aquele nosso escrete continuaria sendo até hoje o mais surpreendente de todos os tempos, mas talvez, não teria a projeção midiática e a conquista de tantos torcedores Minas Gerais e Brasil afora.
Por termos massacrado o maior time de futebol do mundo, o Santos do Rei do Futebol, a Taça Brasil de 1966 se tornou a conquista mais emblemática. Talvez, só comparada ao nosso primeiro título - de 1926 - ou o mais importante de todos, a Taça Libertadores da América de 1976. E foi exatamente em meio a disputa dessa última que quase aconteceu o inimaginável: Rei Pelé e Príncipe Dirceu Lopes jogando juntos.
Não pela Seleção Brasileira, como nas Eliminatórias da Copa de 1970, mas desta vez, defendendo um mesmo clube. E não seria nem o Santos da majestade e tampouco o Cruzeiro, do súdito.
Mas passagem mais importante de Pelé na história do Cruzeiro, sem sombra de dúvida, foi mesmo a final da Taça Brasil de 1966. Vencer da forma épica como ganhamos - e goleamos - o "Santos de Pelé" nos elevou à condição de um time conhecido mundialmente.
Fosse outro adversário, aquele nosso escrete continuaria sendo até hoje o mais surpreendente de todos os tempos, mas talvez, não teria a projeção midiática e a conquista de tantos torcedores Minas Gerais e Brasil afora.
Por termos massacrado o maior time de futebol do mundo, o Santos do Rei do Futebol, a Taça Brasil de 1966 se tornou a conquista mais emblemática. Talvez, só comparada ao nosso primeiro título - de 1926 - ou o mais importante de todos, a Taça Libertadores da América de 1976. E foi exatamente em meio a disputa dessa última que quase aconteceu o inimaginável: Rei Pelé e Príncipe Dirceu Lopes jogando juntos.
Não pela Seleção Brasileira, como nas Eliminatórias da Copa de 1970, mas desta vez, defendendo um mesmo clube. E não seria nem o Santos da majestade e tampouco o Cruzeiro, do súdito.
Em 1976, Dirceu Lopes aos 29 anos de idade, não era mais um "menino passarinho", como seu companheiro Tostão lhe chamava. O Príncipe já havia se tornado o experiente líder do elenco reformulado do Cruzeiro, então vice-campeão brasileiro de 1975 e a caminho da sua terceira participação na Libertadores.
Porém, dois fatos estavam prestes a acontecer e lhe tirariam do poster dos campeões. O primeiro ocorreu de fato e é conhecido de todos. Dirceu Lopes, contundido no tendão de Aquiles, ficou fora de toda a jornada que levou o Cruzeiro ao título sobre o River Plate. Mas o
Porém, dois fatos estavam prestes a acontecer e lhe tirariam do poster dos campeões. O primeiro ocorreu de fato e é conhecido de todos. Dirceu Lopes, contundido no tendão de Aquiles, ficou fora de toda a jornada que levou o Cruzeiro ao título sobre o River Plate. Mas o
segundo foi um "quase".
Não fosse exatamente a sua contusão e seu amor incondicional pelo Cruzeiro, Dirceu Lopes teria jogado com Pelé no New York Cosmos, time norte-americano para onde o Rei havia se transferido um ano antes e para onde ele próprio fez de tudo para levar o Príncipe.
Ligou, deixou agendado um encontro em Belo Horizonte ou no Rio de
Não fosse exatamente a sua contusão e seu amor incondicional pelo Cruzeiro, Dirceu Lopes teria jogado com Pelé no New York Cosmos, time norte-americano para onde o Rei havia se transferido um ano antes e para onde ele próprio fez de tudo para levar o Príncipe.
Ligou, deixou agendado um encontro em Belo Horizonte ou no Rio de
Janeiro, onde Dirceu passou um período tratando da contusão, mas ao final, o sonho não se realizou e se tornou mais um entre os "quase golaços" da vida de Pelé.