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Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

Para cima do Flu, meu vacinado Cruzeiro!

Contra o Fluminense, hoje, vamos receber outra dose de novos anticorpos, extremamente necessários para manter nosso quadro clínico de melhora progressiva


10/05/2023 04:00
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Eu, meu amigo Jorge e toda a Nação Azul estaremos de braços abertos para cuidar do nosso gigante.
Eu, meu amigo Jorge e toda a Nação Azul estaremos de braços abertos para cuidar do nosso gigante. (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Press )

Domingo vivi uma das ressacas mais homéricas – porém, saudáveis – dos últimos seis anos. No dia anterior, depois de abraçar as companheiras e os companheiros da nossa Confraria Celeste, no Bairro Flamengo, no Rio de Janeiro, fui dormi embriagado de alegria pela estupenda vitória sobre o Santos, a terceira consecutiva no Brasileirão. Acordei cantarolando o “nós somos loucos, somos Cruzeiro”. Vesti o manto sagrado e, com o sabor de ocupar temporariamente a liderança do campeonato, rumei para o aeroporto. Queria chegar em Belo Horizonte com o peito estufando as cinco estrelas mais lindas do universo sideral!

Na capital mineira, o céu estava azul celeste. Fui até a Savassi, onde nós, multicampeões, já comemoramos tantos títulos. Queria comer feijão tropeiro e abraçar outros cruzeirenses. Sentei na birosca, pedi minha gelada para rebater. No primeiro gole, o querido Jorge, garçom dos mais boas praças, bem ao estilo de um Dirceu Lopes, me bateu nos ombros. Sem dizer uma palavra, apenas com os olhos e o sorriso preso, disse, em silêncio, “o nosso Cruzeirão voltou”.

Jorge, como eu, é filho do interior de Minas Gerais, onde o Cruzeiro é soberano. Eu de Mariana e ele, de Conselheiro Mata, terra linda do sertão mineiro, repleta de cachoeiras e gente hospitaleira. Pedi mais uma a ele. Foi quando escutei dele algo genial: “Estamos ganhando anticorpos contra as derrotas.”

Inebriado pela poesia das palavras de Jorge, mergulhei a mente no filme da quase-morte do Cruzeiro. Voltei a 2019, quando fomos vítimas de uma tentativa de assassinato por parte da organização criminosa instalada dentro do clube na gestão Wagner Nonato Pires Machado de Sá. Como sabemos, vivemos os dois anos seguintes esfacelados. Um corpo decrépito respirando por aparelhos no CTI.

Em 2022, o doente despertou do coma. O encaixe entre time, comandante Pezzolano e as arquibancadas foi como um coquetel de vacinas, dando ao nosso escrete os primeiros anticorpos necessários para enfrentar as intemperes da longa temporada. Não só retornamos ao local de onde nunca deveríamos ter saído, como também “deixamos o CTI e fomos para o quarto do hospital”, na analogia feita pelo próprio Ronaldo Fenômeno.

Começamos 2023 com um elenco bem longe de suportar o ataque de bactérias e vírus ainda mais potentes da Série A. Tudo tendia a nos derrubar novamente, com a piora do nosso quadro clínico no horizonte próximo. Porém, veio um desconhecido “médico” português, boa praça e otimista.

Pepa abriu sua maleta de vacinas e impôs um tratamento preventivo em busca de novos anticorpos: saber defender; ter reflexos para aproveitar os contra-ataques; ter cautela e canja de galinha para celebrar as melhoras e principalmente, manter a estima elevada porque não tem remédio melhor do que a alegria.

Contra o Santos, provamos a eficácia dos anticorpos. O empate sofrido aos 12 minutos do segundo tempo poderia ter nos tirado o ímpeto e nos derrubado novamente no leito frio de hospital. Mas embalado pela arquibancada, o escrete de Pepa provou estar com o corpo sarado. Não se abateu. Partiu para cima sem batimentos cardíacos acelerados ou respiração ofegante. Continuo tocando a bola com maestria e voltou a estar à frente do placar. Vencemos num cenário onde, outrora, tomaríamos a virada repleta de sequelas.

Contra o Fluminense, na noite de hoje, vamos receber outra dose de novos anticorpos, extremamente necessários para manter nosso quadro clínico de melhora progressiva.  O Cruzeiro teve alta médica e poderá voltar para casa, o Mineirão. Eu, meu amigo Jorge e toda a Nação Azul estaremos de braços abertos para cuidar do nosso gigante.


SORTEIO DE CAMISA AUTOGRAFADA POR TOSTÃO, DIRCEU LOPES E PIAZZA

O Marden sofre de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) e para custear seu caro tratamento, está rifando um manto sagrado autografado pelos monstros sagrados Tostão, Dirceu Lopes e Piazza. Para ajuda-lo e ao mesmo ter ser o dono dessa joia rara, acesse o link da campanha: https://www.instagram.com/p/Cr9jB5POjg-/igshid?=NjZiM2M3MzIxNA==


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