“Livros não podem ficar nas estantes, têm que circular”
O torneio de tênis mais charmoso de Minas se une a uma das competições mais tradicionais do estado. A partir de quarta-feira (11), no Santíssimo Resort, em Tiradentes, cerca de 150 empresários disputarão a 15ª Copa JAM de Tênis, que este ano vai oferecer aos campeões o troféu Gil Nogueira.
Patrícia Nogueira, presidente do Instituto Gil Nogueira, conta que foi com grande satisfação que aceitou o convite de Joel Motta (JAM Engenharia de Ar-condicionado) para, juntos, promoverem o torneio, que em Tiradentes ganha, segundo Patrícia, um toque de mineiridade.
Na programação, além das disputas de tênis e jogos de beach tênis, há eventos noturnos, com ótima gastronomia, vinhos selecionados e música de qualidade, prestigiando artistas da região. “O maravilhoso troféu que será entregue aos campeões foi criado e desenvolvido por artistas locais. Os participantes poderão aproveitar a rica programação cultural que a cidade oferece”, diz a presidente do IGN.
Desde o lançamento, em março, a Copa JAM foi prova de sucesso. “Em apenas uma semana, todo o evento estava vendido. Este grupo de empresários tenistas é muito animado e solidário. Reconhecem a importância do nosso trabalho e sabem que cuidamos dos detalhes para recebê-los como merecem”, comenta Patrícia, que não descarta voltar a Tiradentes no ano que vem. Em abril, o IGN participa como beneficiário do Portugal Tennis Tour, de 18 a 21, o que “já está causando grande expectativa”!
COM A PALAVRA...
Patrícia Nogueira,
presidente do Instituto Gil Nogueira
Além da troca de Comandatuba por Tiradentes, o que muda na realização e no conceito do torneio de tênis?
Com grande satisfação, aceitei o convite do Joel Motta (JAM Engenharia de Ar-condicionado) para realizarmos juntos a 15ª Copa JAM de Tênis-Troféu Gil Nogueira. Realizá-lo em Tiradentes trará ao evento um toque de mineiridade. Além do torneio de tênis, haverá jogos de beach tênis, eventos noturnos, com ótima gastronomia, vinhos selecionados e música de qualidade, prestigiando artistas da região. O maravilhoso troféu que será entregue aos campeões do torneio também foi criado e desenvolvido por artistas locais. Os participantes poderão aproveitar a rica programação cultural que a cidade oferece.
O IGN está na plataforma Cidade do Bem, que reúne 15 instituições. Como vai funcionar o sistema e qual a importância dele na manutenção dos projetos do instituto?
A Cidade do Bem é uma iniciativa do Hub Social que tem como propósito transformar Belo Horizonte na capital mais solidária do país. Trata-se de uma plataforma on-line para captação de recursos com sistema de pagamento integrado, exclusiva para instituições sociais. No site, os doadores escolhem as iniciativas nas quais querem investir. O Instituto Gil Nogueira acaba de ingressar e estamos muito honrados em participar dessa campanha tão importante para a nossa cidade e que trará benefícios financeiros para tantos projetos e instituições.
Além do Cidade do Bem, vocês estão buscando outras formas de arrecadar doações para manutenção dos projetos do IGN? Quais são essas ações?
O maior desafio de todas as OSCs é a captação de recursos. Estamos sempre buscando novas oportunidades. Mais um ano tivemos a aprovação do projeto Ler é Viver nas leis de incentivo à cultura (estadual e federal) e também estamos programando outras campanhas de arrecadação. Estamos tendo o privilégio de participar do programa de capacitação em gestão da Ambev-VOA, para o qual somente 50 instituições do país foram selecionadas e, ao final do ano, sairemos com um projeto que contempla novas estratégias para aumento de impacto, o que, com certeza, trará inovações ao nosso projeto.
Há 13 anos vocês estão desenvolvendo ações para reduzir o analfabetismo funcional. Qual o balanço e os principais resultados?
Nesses 13 anos já passaram pelo projeto Ler é Viver mais de 60 mil crianças e mais de 1 milhão de livros foram lidos e interpretados em 57 escolas. Nós nos sentimos realizados em conseguir tirar essas crianças da triste estatística que constata que três em cada 10 brasileiros são analfabetos funcionais.
Quantas e quais escolas são atendidas pelo projeto Ler é Viver? O número é fixo?
Este ano estamos atendendo 11 escolas em BH, Ouro Preto, Congonhas Conselheiro Lafaiete e Ouro Branco, mas esse número é variável. No início de cada ano analisamos nosso planejamento financeiro, de acordo com os recursos arrecadados no ano anterior, e só então definimos as escolas que serão beneficiadas. É fundamental que as selecionadas sejam atendidas durante todo o ano com qualidade e compromisso.
Doações de livros também são essenciais para o projeto?
No nosso projeto utilizamos somente livros de literatura infantojuvenil, porém recebemos doações de livros de literatura em geral, que são repassados para as bibliotecas das escolas ou encaminhados para outros projetos sociais. Livros não podem ficar nas estantes, têm que circular e espalhar entretenimento e cultura por aí. Só assim teremos um país mais educado, consciente e justo.