Como todos nós, o compositor Gentil Nascimento está exausto depois de nove meses de pandemia. “Sigo aqui na luta, apegado à arte para que ela me ajude a viver um dia após o outro”, diz ele, que lança a canção Fim de quarentena na sexta-feira (11).
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No Diário da quarentena, seção desta coluna que publicou por sete meses textos de convidados sobre a pandemia, Gentil revelou que havia terminado um relacionamento. “Enxergar um novo mundo em meio a isso tudo me motivou a escrever a canção. A música é um desabafo depois de tanto sofrimento e ainda explora o medo de não superar tal dor. Daí a pergunta: é mesmo fim de quarentena?”.
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A produção do single (foto) é de Leonardo Marques (Ilha do Corvo), que já trabalhou com Milton Nascimento e Octavio Cardoso. “A gravação foi feita diretamente na fita analógica, bem estilo anos 60”, conta Gentil.
PANDEMIA
EXPOSIÇAO DE FOTOS
Cerca de 40 pessoas, em média, passam diariamente pela exposição Dual – Do caos à essência, no salão circular do espaço Avangart. Idealizada pelas fotógrafas Daniela Braga e Juliana Lima, a visitação segue as regras de distanciamento social, exigindo o uso de máscaras e disponibilizando álcool em gel. As 18 fotos de bailarinos trazem os três elementos que se tornaram fundamentais em 2020: máscara, consciência e atitude. As imagens são distribuídas em dois momentos: Caos, retratando dançarinos em conflito, e Essência, com movimentos mais leves e delicados.
FESTIVAIS
JUNTOS E MAIS FORTES
Será hoje, às 11h, o lançamento da União Literária de Minas Gerais. Formada em setembro, ela será responsável pela articulação das ações dos três maiores eventos ligados à literatura do estado: Bienal Mineira do Livro, Festival Literário Internacional de Poços de Caldas (Flipoços) e Encontro Literário do Cerrado (Elicer). O lançamento poderá ser acompanhando no canal da Flipoços no YouTube.
CENTENÁRIO
VIVA CLARICE!
A coluna se junta às homenagens a Clarice Lispector, cujo centenário de nascimento é comemorado hoje. As atrizes Júlia Medeiros, Júlia Tizumba e Inês Peixoto fizeram a leitura do poema Visão de Clarice Lispector, de Carlos Drummond de Andrade. O vídeo, que ficou uma beleza, pode ser visto abaixo.