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Estado de Minas Coluna HIT

Bailarina encontra em filhote de pardal inspiração para videoinstalação

Em "Pe no chão", projeto de dança multissetorial, Ana Paula Oliveira se apresenta em performance com a pardoquinha Lis. Lançamento será neste domingo


20/06/2021 04:00

Ana Paula Oliveira, a Puia, na videoinstalação %u201CPé no chão%u201D, que tem a participação de Lis, filhote de pardal (foto: Frame/reprodução)
Ana Paula Oliveira, a Puia, na videoinstalação %u201CPé no chão%u201D, que tem a participação de Lis, filhote de pardal (foto: Frame/reprodução)


Grande parte da vida de Ana Paula Oliveira foi dedicada à dança. Menina, aos 7 anos deu os primeiros passos no Núcleo Artístico. "Aos 12, eu ficava no ballet das 13h30 às 22h30, de segunda a sexta", recorda, bem-humorada. Dois anos mais tarde, lá estava ela no Grupo Camaleão, que pertencia ao Núcleo. De lá, seguiu para os grupos Meia Ponta, 1º Ato, Cia de Dança do Palácio das Artes e Corpo, onde atuou por 15 anos.

A carreira ia bem. Puia, como é conhecida, sentia-se realizada até que um acidente durante apresentação para imprensa de "Imã" (2009), em São Paulo, mudou a vida e a carreira dela.

Ana seguiu um tempo dançando com a companhia até que a dor restringiu os movimentos exigidos de uma bailarina. O que parecia estiramento da panturrilha acabou se revelando caso mais sério, resultando mais tarde em prótese na bacia. Puia, então, passou a trabalhar nos bastidores do Grupo Corpo.

O palco se afastava cada vez mais da rotina da bailarina. O adeus definitivo ao Corpo veio com um convite para trabalhar no setor ligado à cultura no gabinete da Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão. Por lá, ela ficou entre 2015 e 2018.

Aceitou também fazer participação no concurso de marchinha Mestre Jonas, em 2018, quando se apresentou para homenagear o compositor Flávio Henrique. Eles já estavam conversando sobre a possibilidade de ela fazer participação no vídeo da canção. Porém, o compositor mineiro morreu em janeiro daquele ano.

Com a pandemia, entre o isolamento em sua casa e no sítio da família, em Carmópolis de Minas, diante de inúmeros editais, ela pensava em algum projeto. O que não imaginava é que um filhote de pardal, encontrado depois de um vendaval na área externa do sítio, fosse sua inspiração para criar a videoinstalação “Pé no chão”. 

A equipe de produção reúne Eder Santos, com quem ela trabalhou na videoinstalação de dança "Falsa", em 2012, e Leandro Aragão e Barão Fonseca, da Trem Chic Cine Vídeo Lab.

Lis, como a ave foi batizada, não só tomou conta da vida de Puia como trouxe leveza, alegria e inspiração a seus dias.  "Minha dança ganhou quadris de titânio com a interrupção brusca da carreira e agora ganha asas com a minha partner Lis. Esse inusitado trouxe uma alegria mágica pra minha dança, que vem sendo ressignificada ao longo dos últimos 11 anos", conta ela.

O vídeo será lançado neste domingo (20/06), às 15h, pelo canal da Apu Produções no YouTube.

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