Em meio a este caos pandêmico, além da desinformação, o uso de exaustivos termos técnicos confunde ainda mais nossa comunidade. Por isso sugeri o resgate dos termos bairristas da nossa amada Belo Horizonte para uma mensagem mais honesta e afetiva, sendo esta a minha favorita.
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Eduardo Ouvido é designer gráfico freelancer baseado em Belo Horizonte, focado em projetos de identidade visual, embalagem, experimentações em diferentes linguagens e materiais. Interessado em usar as ferramentas do design para promover diálogos fora das bolhas.
ANIVERSÁRIO
LÚDICA FAZ 30
Há dois anos em Portugal, o Lúdica Música prepara por lá a comemoração de seus 30 anos de "existência-resistência" e, por coincidência, 21 anos de seu primeiro espetáculo em Portugal. No dia 24, no Porto, o trio formado por Rosana Britto (voz, violão, percussão), Isabella Ladeira (voz, percussão) e Gutti Mendes (voz, guitarra, percussão) lança o projeto “Lúdica faz 30” durante live em parceria com a produtora Produza!. Um novo single, “Quando tudo passar (Vai ser tão bom)”, está sendo finalizado e será lançado em breve nas redes sociais e plataformas de streaming.
UM CHÁ PARA ALICE
OBRA DE LEWIS CARROLL GANHA HOMENAGEM
Agnes Farkasvolgyi confessa nunca ter assistido à peça “Alice através do espelho”, adaptação da Armazém Companhia de Teatro de um dos livros preferidos da cozinheira mais criativa da cidade. A peça foi apresentada em Belo Horizonte há mais de 10 anos, no Galpão Cine Horto. Era muito legal. Logo na entrada, o público era recebido com um copo de chá, que poderia ser um alucinógeno, como aquele que levou nossa heroína a um mundo mágico. A partir dali, a plateia se encantava com cenas como aquela em que o teto descia sobre ela, obrigando-a a se agachar e criando uma sensação de aumento de tamanho. "Você ter mais de uma linguagem para falar de arte é muito interessante. A comida é minha linguagem", observa Agnes, que nesta sexta-feira (9/07) e na próxima terça (13/07), sempre às 18h, organiza na Casa da Agnes, no Santo Antônio, o Chá de Alice, para comemorar o Carroll’s Day, data em homenagem a Lewis Carroll, o pai de Alice.
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Para receber seus convidados, um número reduzido de 18 pessoas, o que corresponde à metade da capacidade do espaço, Agnes estará a caráter como o Chapeleiro Louco. "Ele é uma referência muito forte no livro, especialmente sobre comida. Ele fala do tempo, das coisas mais legais do livro", observa ela, que, em uma das outras quatro edições anteriores do evento, fez – "E muito bem" – a Rainha Louca. No cardápio, Agnes promete algumas surpresas, além do caldo de sensações, scones, geleia e lemon curd e croissant, camarão empanado, ceviche de coco e lichia.
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O Chá faz parte de um dos projetos de maior sucesso de Agnes, o Eat Art. O último, coincidentemente, foi realizado na inauguração da Casa, dois dias antes de a cidade fechar, no ano passado. "Claro que eu conto com o bom senso das pessoas de não irem com sintomas de gripe. É preciso que a roda gire com responsabilidade", diz ela.