Jornal Estado de Minas

''NOVO NORMAL''

Irreverência na noite de BH criou um dos eventos mais disputados da cidade

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Elzio Pereira
Produtor

Em 26 setembro de 2002, nascia o Clube do Chalezinho – bar de jogos com música um pouco mais alta. O começo foi difícil, até que foram chegando os amigos, que ali se sentiam em casa, e depois os amigos dos amigos. De uma forma muito orgânica, 10 viraram 20 e assim a história seguiu se multiplicando.





Ao longo de quase 20 anos tivemos vários recomeços. Temos a certeza de que agora teremos mais um para ser escrito, sempre acreditando que os amigos, as pessoas, os laços, são a base e a essência do Clube, como o próprio nome diz.

São várias as histórias deste lugar feito por amigos. Uma delas marcou e continua marcando nosso calendário anual.

Todos os finais de noite, vários clientes amigos ficavam até de manhã na casa. Quando o DJ desligava o som, eles pediam música ao Juninho, residente da época. Certo dia, o DJ perguntou ao gerente se poderia tocar pelo menos mais meia hora para aquele grupo. Foi um sucesso.

Na semana seguinte, o grupo aumentou. Aqueles 30 minutos logo viraram mais tempo, sempre atendendo a pedidos dos clientes. Como a música baiana estava em em alta e BH era a capital do axé, com o Festival Axé Brasil, o fim de noite deixou de ser after para virar carnaval, o Carnachalé.





O movimento tomou proporção muito grande. Clientes ligavam, perguntando a que horas a festa começava. Num final de noite, dois deles pediram ao gerente licença para ir até o carro pegar algo muito importante. Já eram sete da manhã... Quando voltaram, traziam um carrinho de supermercado. Um deles lá dentro, o outro empurrando.

Espantado, o gerente perguntou o que era aquela “invenção de moda”. E ouviu: “É o nosso trio elétrico do Carnachalé!”

Eram dois clientes muito queridos. Quando entraram na casa com aquele carrinho, foi um delírio geral! O movimento cresceu tanto que no ano seguinte, em 2009, realizamos o primeiro Carnachalé, que entrou para o calendário do Clube e da capital.

Desde então, o evento acontece todos os anos, sempre pós-folia. É uma espécie de ressaca de carnaval, com lotação máxima, alegria e abadá. Por coincidência, o último evento realizado pelo Clube antes da pandemia foi o Carnachalé. Edição histórica, a maior de todas.

Em 2022, a festa já tem data marcada: 19 março.

audima