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Estado de Minas O CARNAVAL QUE VIRÁ

Suspensão do carnaval interrompe projeto social da Imperatriz de Venda Nova

Enderson Fernandes, presidente da escola de samba de BH, diz que cancelamento da festa por dois anos penaliza famílias que dependem dela para sobreviver


26/02/2022 04:00 - atualizado 25/02/2022 22:53

ENTREVISTA

“Escolas são um grito cultural o meio de tanta intolerância”

Enderson Fernandes
Presidente da Imperatriz de Venda Nova
 
Fantasia criada para a ala folia de reis da escola de samba Imperatriz de Venda Nova
Fantasia criada para o enredo "Imperatriz faz uma festa brasileira, com certeza" (foto: Gusttavo Abreu/divulgação)

Há dois anos, numa hora dessas, a alegria estaria contagiando os barracões das escolas de samba de Belo Horizonte. Mas com a suspensão do carnaval pelo segundo ano consecutivo, o clima é de tristeza – tanto pelas mortes causadas pela COVID-19 quanto pelo impacto social sofrido pelas agremiações carnavalescas.

“A Imperatriz de Venda Nova tem total empatia e respeito às vítimas da pandemia, mas, infelizmente, os dois anos sem carnaval nos afetaram muito. Não só pela folia, mas pelas famílias que dependem da atividade para sobreviver. Sem carnaval, também não conseguimos manter nossos projetos sociais e culturais”, afirma Enderson Fernandes, presidente da agremiação.
Iemanjá com saia azul, fantasia criada para a escola de samba Imperatriz de Venda Nova
Iemanjá estilizada da Imperatriz (foto: Gusttavo Abreu/divulgação)

Nesses dois anos, o trabalho no barracão da escola se concentrou na pesquisa e sinopse do enredo (“Imperatriz faz uma festa brasileira, com certeza”) e na desmontagem dos carros alegóricos.

“Tudo o que não dependia de verba para ser feito foi realizado. Mas sem termos onde arrecadar, o nosso trabalho teve de parar”, afirma Fernandes.
Com plumas na cabeça e nos ombros, fantasia da Imperatriz de Venda Nova homenageia o frevo
Fantasia da Imperatriz de Venda Nova homenageia o frevo (foto: Gusttavo Abreu/divulgação)
 
Qual foi o prejuízo da escola e das comunidades em torno dela devido à não realização do carnaval?
O prejuízo cultural é imensurável, escolas de samba são um grito cultural e ancestral no meio de tanta intolerância, mas infelizmente não apoiado pelo poder público. O prejuízo para a comunidade foi grande com a paralisação de nossos projetos culturais e de formação de profissionais para trabalhar com carnaval.

Todo o trabalho de 2022 será aproveitado no ano que vem?
Sim. Acreditamos no nosso enredo. Achamos que depois de tanta lamúria, precisamos de festa. E nada melhor que falar das festas populares brasileiras.

A COVID-19 é o grande empecilho para a realização do carnaval?
Já foi maior. Hoje em dia, para a prefeitura, o vírus virou selecionável. Vemos jogos esportivos lotados, festas particulares lotadas, comemorações de títulos com presença de trio elétrico lotadas, mas só o carnaval é foco de transmissão do vírus? Os desfiles das escolas de samba podem, sim, ser um ambiente controlável e respeitar as normas sanitárias, mas infelizmente não será desse modo.

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