Mal se recuperou dos problemas causados pela pandemia, Rodrigo Bouchardet, de 53 anos, tomou outro susto. Em novembro de 2021, ele foi informado de que o imóvel onde funciona o pub Major Lock, na Rua Major Lopes, no São Pedro, foi vendido para uma construtora, assim como outros ao redor.
“Foi preciso trabalhar muito rápido para conseguir um novo endereço”, conta Bouchardet, que, por enquanto, prefere não revelá-lo. Mas garante: “Em maio, o Major será reaberto em outro lugar”.
Mas o clássico mesmo do Major é a pipoca de micro-ondas, único petisco da casa, que sempre abria às segundas-feiras. “A cidade estava fechada e o Major aberto. Era tradição. Mas neste período de pandemia, para evitar aglomerações, estamos abrindo às segundas só uma vez por mês. Atualmente, funcionamos de sexta-feira a domingo”.
“Quando um não podia vir, chamava o próximo da lista. Ninguém nunca faltou ao trabalho”, relembra o dono da casa, que também atuou como DJ e VJ. “Colocava CD num aparelho modernaço. Música boa e vídeos exibidos em aparelhos de TV de hotel”, compara.
No acervo de memórias afetivas de Bucha tem shows do Skank e apresentações do Jota Quest. “Depois disso, muitos músicos quiseram vir conhecer o Major”, recorda. Por 15 anos consecutivos, Bouchardet ficou à frente do negócio. Depois vieram os sócios Ramiro Maia e Felipe Marreco, que seguem firmes no “ano 30” da casa.