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Estado de Minas ENVELHEÇO NA CIDADE

Zé do Caixão é responsável por lenda urbana que 'apagou' a Mary in Hell

Em 2013, após performance do mestre do terror na boate, a energia acabou e as portas foram abertas. Quase 10 anos depois, o prédio nunca mais foi alugado


14/04/2022 04:00 - atualizado 13/04/2022 22:04

Casarão pichado de BH onde funcionou a boate Mary in Hell
Casa onde funcionou a boate nunca mais foi alugada (foto: Helvécio Carlos/EM/D.A Press )

Das lendas urbanas de BH, uma ronda o prédio onde funcionou a boate Mary in Hell, na Savassi. Desde o fechamento da casa noturna, em 2013, o imóvel jamais foi alugado. Há quem acredite que depois da passagem de Zé do Caixão pela boate, as coisas mudaram.
 
Convidado para fazer sua performance, Zé Mojica foi à cabine do DJ, disse frases clássicas de seu personagem e quando bateu o cajado no chão a luz apagou e não voltou. Com a casa lotada, sem energia e muito menos ar-condicionado, as portas foram abertas. “Deu um prejuízo que até hoje não calculamos”, diz o bem-humorado Túlio Borges, um dos sócios do espaço.

Interior da boate Mary in Hell, em BH
Mary in Hell funcionou de 2006 a 2013 (foto: Acervo pessoal)

As histórias que marcaram a Mary in Hell são muitas. A boate foi inaugurada em abril de 2006 e fechou as portas sete anos depois, como consequência das mudanças de comportamento, entre outras coisas. “Em 2013, as pessoas queriam ouvir música pop e buscavam novas casas”, aponta Túlio, lembrando que a Mary in Hell era reduto de quem curtia indie, eletrônica e pop.

Interior da boate Mary in Hell
Noites animadas fizeram história em BH (foto: Acervo pessoal)

Túlio foi o último a entrar na sociedade formada por Fael, idealizador da festa Safadezas, Sônia Cabral e Márcio Mello. Um ano antes da abertura da Mary in Hell, os eventos organizados por Fael na Up, na Avenida Getúlio Vargas, e no Blackmail deram tão certo que surgiu a sociedade. Fael ficou pouco tempo, saiu no início de 2009.

Rita Cadillac ganha beijo em festa na boate Mary in Hell
Rita Cadillac bateu ponto na casa e ganhou beijo dos fãs (foto: Acervo pessoal)

Túlio conta que quando descobriram o endereço, onde ficava uma das lojas da Copiadora Exata – “era como a (drogaria) Araujo, tinha em todo lugar” –, foi uma “doideira”, com os sócios correndo para marcar espaços para transformá-los nos vários ambientes da boate. O nome surgiu durante uma reunião logo após a assinatura do contrato de locação. “Sônia se lembrou da música que dizia mais ou menos assim: 'Mary its not here. Mary is in hell'. Ficou Mary in Hell”, conta Túlio.

Em 2010, os sócios da Mary criaram a DDuck, que funciona até hoje na Savassi. Posteriormente, a casa ganhou mais dois sócios: Maurício Raphael e Thiago Richard.

. ÀS QUINTAS-FEIRAS, A COLUNA HIT PUBLICA A SEÇÃO 'ENVELHEÇO NA CIDADE' COM HISTÓRIAS DE CASAS NOTURNAS QUE MARCARAM A BALADA NA CAPITAL MINEIRA

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