Ao contrário das casas noturnas que movimentaram a noite de Belo Horizonte e há três meses estão sendo retratadas nessa seção, a história da Velvet está muito bem preservada no site, onde é possível organizar fotos e vídeos. Claro que, ao contrário das antecessoras apresentadas aqui, a boate que funcionava na Rua Sergipe com Avenida Getúlio Vargas, com capacidade para 200 pessoas, nasceu em uma época em que a tecnologia e as redes sociais facilitaram a preservação da memória.
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As atrações da casa ficavam divididas entre DJs convidados, profissionais de Belo Horizonte e de outras cidades, e os próprios frequentadores. "Naquela época, todo mundo sabia tocar uma musiquinha. Não tinha playlist (de Spotify), era CD", comenta Bruna.
Elke Maravilha, Edgar Scandurra e Kid Vinil passaram por lá em eventos marcantes, como a festa Caramelo Sundae. "Do Kid me lembro bem o quanto era sempre calmo, alegre e animado. Já chegou a nos acompanhar em madrugadas (ou até amanhecer) pós-festa no Bolão Santa Tereza. Muito apaixonado e conhecedor de música, era visível o quanto se realizava também como DJ, além de músico. Ele foi um dos DJs que mais trouxemos para tocar nas noites de rock, uma honra para nós que tenha se tornado de casa", diz a empresária, que trocou a noite pelo empreendedorismo focado em sustentabilidade social e ambiental.
A ideia de abrir a Velvet surgiu com as andanças de Bruna e sua amiga Núdia Fusco pela noite da cidade, que no início dos anos 2000 se resumia à UP, Obra e Mary in Hell, todas nos limites entre Savassi e Funcionários. As amigas se uniram a Luciano Tristão e, juntos, formaram sociedade e inauguraram a casa. "Você encontrava todo mundo lá, não precisava ir acompanhado. Era um público enturmado", aponta Bruna, lembrando que a programação musical era dividida em eletrônica, às sextas; rock, aos sábados; além das as tradicionais festas Caramelo Sundae, aos domingos, e Sassaricando da DJ Sininho, às quintas.
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