O projeto Fadas Madrinhas abriu inscrições para debutantes de Belo Horizonte. Podem participar adolescentes que completam ou já completaram 15 anos em 2022, estudem na rede pública e apresentem boas notas. As interessadas devem enviar e-mail para projetofadasmadrinhas1@gmail.com, até 25 de maio, acompanhado de redação contando por que merecem ganhar festa de debutante. A comemoração está marcada para 9 de agosto, no Clube Chalezinho, em BH. O projeto é iniciativa da empresária Liliane Barros Marty Caron, que há 20 anos realiza o sonho de adolescentes sem condições de arcar com as despesas de uma festa de 15 anos.
NA SAPUCAÍ
A VEZ DE RUI MOREIRA
Foi rápida a performance de Rui Moreira na comissão de frente da Beija-Flor – três minutos e 30 segundos, divididos em três aparições em frente à comissão julgadora –, mas suficiente para provocar no bailarino emoção “que todo mundo precisa experimentar uma vez na vida”, de acordo com ele. A escola de Nilópolis falou da luta, fé e arte dos negros no enredo “Empretecer o pensamento é ouvir a voz da Beija-Flor”, que encerrou o desfile na madrugada de sábado (23/4). Ficou em segundo lugar e volta na apresentação das campeãs. Rui diz que aquela performance é diferente de um espetáculo. “Na Sapucaí, a tensão é ampliada. A apresentação é única e tem que dar certo. Você não vai repeti-la.”
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Amigo de Marcelo Misailids, ex-bailarino do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e coreógrafo responsável pela comissão de frente da azul e branco, Rui recebeu o primeiro convite para trabalhar em uma oficina com os bailarinos. “Marcelo conhece minhas pesquisas de danças negras e da cultura negra, por isso me convidou. Nesse trabalho deixei algumas pistas, alguns pensamentos para eles desenvolverem. Mas com as interrupções provocadas pela pandemia, nem sabia se voltaria novamente”, conta Moreira. Um belo dia, Marcelo ligou, convidando-o para a participação. “Ele me perguntou se eu tinha medo de altura”, revela, dizendo que não foi problema ficar a cinco metros do chão, na plataforma de dois metros por dois metros. “Quando apareço, o carro está parado. Faço movimentos equilibrados para dar dramaticidade à cena.” Rui teve liberdade absoluta para criar. E preferiu não sambar por estar no alto de um totem que faz referências a crimes contra os negros, como o assassinato de George Floyd.
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Rui, pode se dizer, é velho conhecido do carnaval. O bailarino paulistano tem boas lembranças da infância na Barra Funda, Região Oeste de São Paulo. A mãe, Conceição Camargo, era costureira e fez as fantasias de carnaval da Camisa Verde e Branco, sete vezes campeã. “Desde a mais tenra infância, desfilei e assisti a muitos carnavais. Em BH, por quatro vezes desfilei na Canto da Alvorada, uma vez com minha filha, Bianca Moreira de Porta, e outra com Bethe Arenque”, recorda. Sobre a possível volta à Sapucaí, em 2023, diz não ter a menor ideia de qual será o enredo, mas afirma: Precisando de mim, tô aqui.”
NA FLORESTA
CONEXÕES NA COZINHA
A chef Juliana Muradas (Deli Fresh Food) escolheu uma casa de sua família, no bairro Floresta, para abrir o Quintal de Casa. A arquiteta Isabela Bethônico assina a reforma do espaço, mantendo o aconchego e as memórias afetivas das três gerações que antecederam Juliana.