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Estado de Minas HIT

A noite de Belo Horizonte é uma grande fábula e eu posso provar

Produtor mineiro, Pedro Lobo compara nomes marcantes da cena noturna na capital mineira com grandes personagens da literatura


14/05/2022 04:00 - atualizado 13/05/2022 20:03

Ilustração mostra mulher dançando em cima de um sofá

 
Pedro Lobo
Produtor

Foi através de um convite do meu amigo Flavão Moraes (que eu carinhosamente considero meu “olheiro”) para comemorar meu aniversário de 20 anos na saudosa naSala que minha trajetória foi traçada!

Uma espécie de portal que se abriu e me levou para um mundo da fantasia, que neste momento de reflexão me faz lembrar a fábula de “Alice no País das Maravilhas”, só que ao invés de um chá, o Natal (que tem o sorriso tão grande quanto o de Cheshire, o gato de Alice) me ofereceu um shot e, ao virar aquele néctar vindo do agave azul, uma fada surgiu. O nome dela é Sininho, a eterna amiga que me deu as mãos e me fez voar feito Peter Pan até a Savassi para uma estranha caverna chamada Velvet, onde acabei sassaricando por muitas terças-feiras!

Como a Dorothy, de “O mágico de Oz”, calcei os sapatos vermelhos e sigo no meu caminho de tijolos amarelos! Por esse caminho encontrei um leão nada covarde, o nome dele é Leonardo Ziller, que me ensina a ter coragem para enfrentar os percalços desta trajetória divertidíssima, porém nada fácil!

Como o homem de lata, surgiu neste caminho Daniel Zago, que aparenta não ter coração, mas é tudo “marra” deste companheiro, que tem também um quê de espantalho e um grande cérebro para tocar esta operação!

E seguindo os tijolinhos, conheci o mágico Otavio Clementino em seu mundo encantado chamado Primo Prima, que, com muito custo de convencimento, se tornou o Secreto!

Ai, o Secreto… O que eram aquelas quintas-feiras enfumaçadas no inferninho chic da Savassi? Cinthia & Michele te recepcionavam com um belo sorriso, elas eram minhas peças-chave para atrair os clientes para uma grande armadilha que iria prendê-los ali dentro por muitas horas, mas com a certeza de que, se conseguissem sair, o mínimo que levariam pra casa seria um largo sorriso e inúmeras histórias para contar!

No Secreto, eu carregava todas as minhas amigas no intuito de fazê-las subir para dançar nos sofás da casa, já que ali não havia queijos como os do Deputamadre. Hoje, confesso que quem não subiu naqueles sofás que rodeavam a pistinha do Secreto não se entregou de verdade à nossa proposta de diversão.

Quando recebi o convite para reviver momentos da noite belo-horizontina, fiquei receoso e achei que não teria histórias para contar, mas foi através de algumas fábulas usadas como referência que descobri o quão rica e repleta de personagens icônicos foi a vida noturna desta pacata cidade!

Grato sou por fazer parte disso e por poder proporcionar um pouquinho de magia para a vida de vocês!

A SEÇÃO “EMBALOS DE SÁBADO À NOITE” CONTA A HISTÓRIA DA VIDA NOTURNA DE BELO HORIZONTE, QUE, ANTES DA PANDEMIA, DEU O QUE FALAR

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