MINHA HISTÓRIA
Coleção ou reunião de pequenas alegrias...
Priscila Freire
Colecionadora de arte
A minha casa é aberta aos cheiros da densa vegetação que a contorna. Um prazer olhar os verdes mesclados da folhagem que se mexe com o vento e com a claridade das horas. Tenho paisagens que entram pelos vidros criando quadros novos, além dos meus.
A minha casa é aberta aos cheiros da densa vegetação que a contorna. Um prazer olhar os verdes mesclados da folhagem que se mexe com o vento e com a claridade das horas. Tenho paisagens que entram pelos vidros criando quadros novos, além dos meus.
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Flavia Soares, mulher do goleiro Gomes, comemora sucesso na modaSemana Portuguesa movimentou a agenda social e cultural de Belo HorizonteMarca de arroz e feijão Dona Lucinha terá renda beneficentePrédio no Hipercentro sedia a sétima edição da feira Modernos e Eternos'Sandra Rosa Madalena' vai transformar Palácio das Artes em salão de festasProjeto artístico voltado para crianças surdas completa 25 anosÉ evidente a minha grande predileção por arte popular, tanto na manipulação da madeira ou do barro, como também nos desenhos e na pintura.
A exposição em cartaz no CCBB-BH trata da arte popular, mas também de artistas conceitualmente diferenciados. Irma Renault Lessa tem uma versatilidade enorme no lápis, óleo, aquarela ou na serragem, com a qual modelava bonecos e bichinhos. Impulsos eram feitos ao telefone... Monstrinhos, figuras simbólicas, diabinhos e a sombra da morte.
Guignard é um ícone da cultura brasileira. Seu quadro “Festa de São João” comemora agora, neste mês, 63 anos. Em junho ele festejava o aniversário do pai pintando quadros com esse tema.
A “Anunciação do anjo” de Guignard nos traz releitura renascentista dessa pintura, incluindo a araucária, árvore típica da Mantiqueira.
Fruto emblemático brasileiro, o café está expressivamente contemplado no quadro de Mario Zavagli, dedicado a cafezais do Sul de Minas.
Solange Pessoa tem uma pedra de bronze que não se sabe se nasceu assim ou se foi modelada por ela... E os raios de Benjamim explodem, guardando lâminas que cortam como navalhas...
Farnese de Andrade concentra nossa atenção num lar doce lar e, é claro, não falta a torneira que abastece de água a casa e um medalhão símbolo da Sagrada Família.
Gija nasceu de um tronco de árvore derrubado lá no Nordeste, ela é mais leve do que os pés que a sustentam e está na frente, de guarda, como soldado guardião de sua terra.
Poteiro fez muitos quadros, mas este português imigrado era muito bom na cerâmica, vinda de suas heranças lusas... “Entidades da floresta” é sua contribuição aos deuses da Amazônia.
GTO recorta a madeira como os japoneses fazem os origamis, sem cola, sem despregar pedaços. Corte certeiro e preciso, já que ele dizia sonhar com as figuras e as reproduzia entalhadas... Um mágico do ofício.
E o meu mundo vai andando na medida em que as coisas me fascinam e que as possa ver e, quem sabe, adquiri-las. Antes espalhadas pela casa, agora reunidas numa exposição aberta ao público, parecem menos minhas e mais de todos que possam tirar delas o prazer que tenho em possuí-las.
COLEÇÃO BRASILEIRA DE ALBERTO E PRISCILA FREIRE
Exposição em cartaz até 29 de agosto, no Centro Cultural Banco do Brasil de Belo Horizonte. Praça da Liberdade, 450, Funcionários. Horário: das 10h às 22h. Fecha às terças-feiras. Informações: (31) 3431-9400 e ccbbh@.bb.com.br