É inegável a importância da Academia Mineira de Letras (AML) para a história e a memória de Belo Horizonte. Com 113 anos, a casa guarda preciosidades e é centro de convergência do pensamento intelectual de Minas. A relação desta coluna com a AML começou nos anos 1990, quando este colunista, “foca” da editoria de Cidades, por várias vezes ali esteve para entrevistar o então presidente, Vivaldi Moreira.
Leia Mais
Musical sobre a história do Clube da Esquina chega a BH em agostoPrédio no Hipercentro sedia a sétima edição da feira Modernos e Eternos'Sandra Rosa Madalena' vai transformar Palácio das Artes em salão de festasFesta junina arrecada 150 quilos de alimentos para o Instituto Mario PennaDesembargador José Fernandes Filho toma posse na Academia Mineira de LetrasNo palco do Palácio das Artes, Lulu Santos faz declaração de amor a BHFestival Tudo É Jazz comemora 20 anos de criaçãoÀ mesa, o presidente da Academia Mineira de Letras, Rogério Tavares, anfitrião da tarde, recebeu a colecionadora de arte Priscila Freire, a presidente da Fundação Clóvis Salgado, Eliane Parreiras, a empresária Fernanda Bicalho, o rapper Roger Deff, a professora Tatiana Laucas e o fotógrafo Flávio Carrilho.
“Aqui nesta casa celebramos a palavra, mas celebramos também o apreço pela trajetória das pessoas que fazem a diferença na cidade. A existência da Academia só tem sentido se fizer sentido para a comunidade em que está inserida. Ela precisa se comunicar com a cidade e um dos modos como se conecta à capital é reconhecendo o legado, a contribuição e a trajetória das pessoas que fazem bem à cidade”, disse Rogério Tavares, em seu discurso, citando a contribuição de todos reunidos na mesa para Belo Horizonte.
E prosseguiu: “Hoje viemos partilhar nosso tempo, nossa alegria por causa de Helvécio Carlos. Não é por um dia ou uma semana, uma quinzena ou um mês que ele se dedica a divulgar Belo Horizonte. São três décadas de militância diária no jornal, divulgando o que esta cidade tem de melhor na educação, na cultura, nas artes, nas letras e na noite, que muita gente, às vezes, não valoriza como deveria. A noite de Belo Horizonte produz cultura, produz costumes, emprego e renda, movimenta a economia. É importantíssima, atrai turistas”, disse Tavares.
“Helvécio realiza um trabalho de dimensão cultural. Tudo o que escreveu é documento, é fonte de pesquisa e de consulta. O jornal do dia seguinte não serve só para embrulhar peixe. Vai integrar acervos, arquivos, bibliotecas, gerando fontes de pesquisa, de consulta. Esta casa vive da memória, sem memória não há pacto civilizatório possível. O pacto civilizatório precisa do recurso da memória, precisa da leitura, do recurso da história, da imprensa forte, vigorosa e independente. E precisa de profissionais que andem a cidade que eles cobrem. Este é o caso
do Helvécio”, afirmou o presidente da AML.