A convite do Instituto Camões e governo de Portugal, o escritor Valter Hugo Mãe veio ao Brasil para compor a comitiva portuguesa que esteve no Pavilhão da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, onde participou de uma maratona na capital paulista. No Rio de Janeiro, participou de um Sempre um Papo inédito, no Museu do Amanhã, mediado por Mauro Ventura.
Do Rio, veio para Belo Horizonte. Na capital mineira, foi recebido no início da semana por um público de cerca de 700 pessoas, no Palácio das Artes, onde autografou quase 200 livros. Aproveitou para visitar Inhotim, o CCBB (fez um vídeo para o artista Basão elogiando a obra no acervo da mostra “Brasilidade pós-modernismo”) e o Memorial Vale, onde ficou impressionado pela coincidência ao retirar na árvore de Guimarães Rosa o mesmo trecho interpretado em áudio por Maria Bethânia. Na sala Vale do Jequitinhonha, o escritor português disse que ama a arte do Vale e que tem algumas peças em sua casa, em Portugal. Do gestor do espaço, Wagner Tameirão, recebeu o livro “Minas Gerais”.
Detalhe interessante em toda essa temporada de Valter Hugo Mãe está ligado à sua alimentação. Por causa de uma terrível enxaqueca provocada por alimentação, ele só come filé de frango levemente passado, sem nenhum tempero, e arroz branco.
Prato sagrado em suas viagens ou no descanso do lar.
Na lista de amigos em Belo Horizonte, depois de Celso Adolfo e Leo Cunha, o escritor português acrescentou mais dois, Suely Machado e Lula Ribeiro. "Ele encarou três estados brasileiros (São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais) com força e generosidade. Um guerreiro das letras", definiu Afonso Borges, que esteve com ele boa parte de sua temporada no Brasil.